O Pará segue o ritmo nacional do último ano e é um dos líderes nacionais na abertura de novas empresas que já adotam práticas inovadoras desde sua origem. Dentro das empresas, a inovação é responsável por mudanças importantes que vão além do aumento do lucro, como a conquista da credibilidade dos consumidores e o registro do propósito da empresa como referência na mente dos clientes.
O professor e coordenador dos cursos de computação da Universidade da Amazônia (Unama), Wendel Castro, explica que as mudanças dos últimos anos despertaram a necessidade urgente de adaptação e criatividade dos empresários “Quem não contava tanto com a tecnologia, passou a viver ou depender quase que 100% nos seus negócios, criação de aplicativos, algoritmos inteligentes para marketing, e outras soluções “, diz. Ele destaca também que a “tecnologia desempenha um papel crescente e crítico em quase todas as organizações e elas precisam usar disso para inovarem e crescerem”.
SAIBA MAIS SOBRE O PRÊMIO ROMA DE INOVAÇÃO
Para celebrar os principais cases de sucesso do estado, o prêmio Roma de Inovação vai premiar os grandes cases do mercado paraense em 22 categorias considerando seis pilares de inovação:
- Ações envolvidas na inovação;
- Dificuldades e barreiras para realizar a inovação;
- Resultados obtidos;
- Percepção do mercado;
- Fator inspiração/impacto para o mercado em geral;
- Geração de conhecimento para ser replicado em outros setores;
A todo vapor
A Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa) aponta que houve um aumento de 21% no número de empresas abertas nos últimos dois anos, já o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela ainda que os setores que mais cresceram na região durante este período foram o de e-commerce, onde a venda pela internet e delivery no ramo de alimentação registraram crescimento acima de 100%.
O professor cita que, no Pará, mesmo com os desafios naturais somados com a chegada e ao agravamento da pandemia da covid-19 “Muitas empresas continuaram com o seu faturamento, pois inovaram nas questões de entrega de produtos, além de utilizarem insumos regionais e terem atenção redobrada na economia de energia”. Wendel enfatiza que as pequenas empresas locais inovaram principalmente na gestão de recursos como a economia de energia elétrica e na diversificação de vendas e formas de pagamento, adotando as vendas por delivery, redes sociais e pagamentos via pix.
De acordo com o Sebrae, algumas das mudanças adotadas pelas empresas locais de forma conjunta ou isolada foram: evitar utilizar a energia elétrica no horário de pico (24%), instalar painéis solares (4%); trocar equipamentos antigos por novos com tecnologias voltadas para redução de consumo elétrico (10%), inspecionar instalações elétricas para evitar desperdício (12%); adotar a política de conscientização por parte dos funcionários (43%).
Em relação às mudanças no setor de vendas pela internet, o Sebrae aponta que 75% dos empreendimentos da região Norte incluíram ou melhoraram a forma de venda por redes sociais. Outro aspecto da adaptação é que 93% dos negócios adotaram a forma de pagamento por pix, se adaptando ao consumidor.
Para celebrar os principais cases de sucesso na região, Wendel destaca a importância de iniciativas como o Prêmio Roma de Inovação para a expansão de reconhecimento dessas iniciativas empreendedoras “Reconhece q credibilidade e o reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido pelas empresas paraenses, incentivando elas a crescer e inovar a cada dia mais”. Ele cita ainda que a premiação passa confiança para os consumidores e pode ajudar também a atrair possíveis investidores.
