Cintia Mariano Dias Cabral suspeita de intoxicar o enteado, Bruno Cabral, de 16 anos, com chumbinho, chegou a citar o filho biológico como responsável por envenenar Bruno e também a irmã, Fernanda, 22 anos, que morreu em março, segundo a Polícia Civil. Ela ficou 13 dias internada com os mesmos sintomas apresentados pelo irmão.
Logo no começo das investigações, Lucas Mariano Rodrigues contou à polícia que a mãe havia confessado o crime, que ocorreu em Padre Miguel, na zona oeste do Rio. A polícia disse a informação foi importante para solicitar o pedido de prisão temporária de Cintia. Ele também teria revelado que a mãe chegou a dar querosene para outro enteado, em 2002, à época, a criança tinha 6 anos de idade.
No último domingo, 29, em carta aberta publicada nas redes sociais, Lucas falou pela primeira vez sobre o caso. Ele disse que foi pego de surpresa com a informação que recebeu ainda no começo das investigações de que a mãe chegou a citá-lo como responsável pelo envenenamento.
“Sim, eu entreguei minha mãe. Sim, ela me confessou. Contei tudo na delegacia. Botei a cara, me expus, e fiz o que tinha que ser feito. Mas em nenhum momento, até então, eu soltei a mão dela. Eu tava lá. Ela, no desespero, estava tentando incriminar um filho, que estava o tempo todo ali”. disse Lucas Mariano Rodrigues em texto publicado.
Lucas disse ainda sentir “nojo”, “vergonha”, mas ao mesmo tempo a sensação de dever cumprido. No texto publicado, ele contou que convive, hoje, com traumas. “Hoje, mais uma vez, eu estou em estado de choque”, escreveu.
O rapaz ainda afirma que espera que sua mãe “pague por tudo que fez” e que “a justiça seja feita”.
“Ela me fez carregar o caixão de uma menina, uma irmã, que ela matou. Eu vou carregar isto para o resto da minha vida.”
Com informações do UOL