Qual é o risco da varíola do macaco?

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Após sofridos anos de uma pandemia que parou o mundo e deu muitos prejuízos, novas preocupações pairam na cabeça das pessoas. A varíola do macaco como está sendo chamada a varíola que infecta primatas não-humanos, é motivo de atenção no mundo. Essa doença causada por vírus agora está circulando em outros países, antes ela estava restrita apenas a alguns países africanos. Porém, desde maio de 2022 a Organização Mundial da Saúde – OMS tem recebido alertas da circulação do vírus em outros países, o que nos deixa de orelha em pé.

A doença da varíola é causada por um vírus da família poxviridae, sendo considerada uma zoonose. No entanto, o problema é que esse vírus “novo” que está sendo associado aos macacos, antes circulava apenas em outros animais como esquilos e ratos, e agora, pode nos infectar.

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Nós erradicamos a varíola humana nos anos 70, inclusive por conta da vacinação em massa. A vacina contra a varíola foi a primeira vacina feita no mundo, originada de alguns experimentos do médico inglês Edward Jenner. Ele teve o insight para a produção de uma vacina em 1796. Na época, a varíola era uma doença grave que causava febre alta, dores de cabeça e no corpo, lesões na pele e morte. A experiência para criar a vacina foi um tanto inusitada.

Jenner observou que as pessoas que ordenhavam vacas se tornavam imunes a varíola humana, pois poderiam ter adquirido imunidade devido ao contato prévio com a varíola bovina (cowpox). O que o médico fez, foi testar essa hipótese. Ele inoculou em uma criança o pus presente em uma lesão de uma pessoa que estava contaminada com a varíola bovina. A criança adquiriu uma infecção leve, e após dez dias, estava curada. O médico dias depois inoculou na mesma criança, o pus de uma pessoa com varíola, e ela não teve nenhuma infecção. Surgiu aí a primeira vacina no mundo.

Ele continuou com os experimentos em mais pessoas, e após publicar um trabalho com os resultados, a sua descoberta se espalhou pelo mundo. Essas pesquisas iniciais possibilitaram a criação de institutos para produção de vacinas para a população.

O que ocorreu no experimento foi que o corpo de uma pessoa saudável recebeu um vírus “mais fraco” vindo de uma pessoa contaminada com a varíola bovina, e assim, seus anticorpos combateram com mais eficiência a infecção, tornando a pessoa imune a varíola bovina e a varíola humana (já que são vírus próximos). Isso ocorre de forma similar nas vacinas modernas, com a inoculação de um vírus inativado nós induzimos o nosso sistema imune a combater a ameaça, e assim, ficamos fortalecidos se entrarmos em contato com o vírus novamente. A vacina contra a varíola, na verdade, possui o vírus vivo vaccínia, esse vírus é “parente” próximo do vírus da varíola e proporciona imunidade contra ele.

Qual é o risco?

Antes de tudo, é importante lembrar que já temos vacinas contra a varíola. Elas não estão no postinho como as outras, mas nos dão segurança caso seja necessário produzir em larga escala. Existem também remédios para tratar os sintomas da doença, mesmo que no momento não estejam disponíveis para a população. Até o momento, não é motivo de preocupação com relação à pandemia, mas devemos ficar atentos, já que agora sabemos lidar com esse tipo de situação viral.

Há no Brasil 2 casos suspeitos da varíola do macaco até o fechamento desta coluna, é importante que haja uma avaliação de perto com profissionais qualificados, como aparentemente já tem feito o Ministério da Saúde com a sala de situação criada recentemente. O distanciamento e uso de máscaras também são úteis contra a varíola, pois o contato com a pessoa infectada e as gotículas de saliva contaminam.

Segundo a OMS, em 2019 uma vacina mais recente foi aprovada, sendo útil contra a varíola do macaco. Esta é uma vacina de duas doses para a qual a disponibilidade até o momento é limitada. O que devemos ter em mente é que esses tipos de surtos serão mais comuns com o passar do tempo. Enquanto estivermos explorando os recursos naturais de maneira predatória, invadindo habitats e entrando cada vez mais em contato com os animais e as suas doenças, estaremos fadados. É questão de saúde pública, mas acima disso, é uma questão ambiental.

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