Nesta segunda-feira, 06, professores da Universidade Federal do Pará (UFPA), entram em greve nos campi da capital e no interior. Através do sindicato da categoria, os docentes informaram a programação de ocupação para o início da greve, na universidade. Às 07h30 está prevista atividades nos portões 2 e 3 da universidade, instalação da greve e apresentação do orçamento da UFPA. Às 17H os docentes irão fazer um “arrastão” da greve.
As reivindicações incluem a ampliação da assistência estudantil e melhor atendimento à saúde estudantil; ampliação dos RU’s; melhoria da estrutura física e logística dos campi; reposição salarial emergencial da inflação, estabelecida em um reajuste linear de 19,99% para todas as categorias; e a garantia de direito às promoções e progressões funcionais, conforme dispõe a legislação pátria.
A decisão foi tomada em assembleia, no dia 23 de maio, quando também foi definida a composição da Comissão de Mobilização Local de Greve, além do calendário de reuniões nas unidades para ampliar o debate com a categoria e com toda a comunidade acadêmica.
Os campi de Altamira, Castanhal, Cametá e Bragança também aderiram ao movimento paredista.
No final de maio, o governo federal bloqueou 14,5% no orçamento discricionário do MEC e unidades vinculadas, o que representa cerca de R$ 1 bilhão a menos para as universidades federais. A UFPA corre o risco de parar as atividades, com R$ 28 milhões a menos no orçamento, o que torna ainda mais urgente uma mobilização da comunidade acadêmica e o enfrentamento aos ataques do governo federal contra a Educação Pública.
A greve reivindica também a recomposição salarial de 19,99%, a revogação da Emenda Constitucional 95/16, que impõe o Teto dos Gastos, e o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, da contrarreforma Administrativa e da PEC 206/2019, que prevê a cobrança de mensalidade nas universidades públicas federais.
