Mais de 200 mil toneladas de minérios foram apreendidas na última semana, entre 1 e 6 de junho, durante uma operação das Forças Armadas, na Vila do Conde, no município de Barcarena, nordeste paraense.
Denominada “Operação Ágata Norte”, a ação visa prevenir e reprimir crimes ambientas nas fronteiras do Pará, Amapá e Maranhão, e faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, sendo organizada pelo Ministério da Defesa e realizada em coordenação com órgãos federais e estaduais, bem como agências de segurança pública e ambientais.
Neste ano, o Comando Conjunto da Operação Ágata Norte, formado por Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, é chefiado pelo Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Comandante do 4º Distrito Naval.
No total foram apreendidas 202 mil toneladas de minérios, incluindo manganês, cobre e cassiterita. Também foram apreendidos 308 kg de cocaína; 1.300 kg de pescado; 112 m³ de madeira; 7.600 caixas de cigarro; 53 embarcações e 11 veículos; além de 4 motosserras. Ainda foi interceptada uma embarcação que transportava 26 kg de maconha e 600 pílulas de ecstasy, sendo encontradas doze pessoas de origem cubana que saíram do Suriname em direção ao Brasil.
Segundo as forças armadas estão sendo empregadas 3 mil pessoas, entre civis e militares das Forças Armadas e dos órgãos de Segurança Pública e Fiscalização, mais de 40 meios navais, 52 terrestres e 6 aéreos. As ações são desenvolvidas em uma área equivalente a 1,7 milhão de km² de área terrestre, 1 milhão de km² de área marítima, 5.500 km de rios navegáveis, 1.800 km de litoral e 1.300 km de fronteira terrestre.
Os órgãos envolvidos planejam a operação há meses e, com conhecimento no combate aos delitos transfronteiriços e ambientais, agem em ações simultâneas em pontos estratégicos, utilizando dados de monitoramento sob área marítima, fluvial, terrestre e aérea. Também são empregados equipamentos de última geração disponibilizados pelo Comando de Defesa Cibernética e aeronaves do Comando de Operações Aeroespaciais para o patrulhamento marítimo.
As operações conjuntas são necessárias para aumentar a presença do Estado em locais de baixa densidade populacional e infraestrutura incipiente, bem como para atuar em ações coordenadas, a fim de somar esforços de forma estratégica, contribuindo para a segurança da região.