A Promotoria de Justiça de Marituba realizou uma vistoria no aterro sanitário do município, na última quarta-feira, 22, após um aumento no número de denúncias pela piora do mau cheiro no entorno ter sido registrado nos últimos meses.
Segundo as denúncias, o odor aumentou a partir do mês de março, o qual teria se intensificado e aumentado sua frequência ao longo do dia.
De acordo com o Ministério Público do Estado (MPPA) durante a vistoria que contou com a participação da equipe técnica do GATI/CAOTEC, um grande odor foi observado nas imediações do aterro.
“A equipe deslocou-se às 5:00 horas da manhã nas imediações, e observou forte odor na área da Alça viária e imediações. Também foram realizadas visitas ao aterro em momentos distintos do dia: às 7:00 horas, 10:00 e 13 horas, ocasião em que se observou forte odor oriundo das Torres de Striping, equipamento que faz parte do circuito de tratamento do chorume, e que está atualmente instalado ao lado da lagoa de efluente tratado vinculada à etapa final da Estação de tratamento de Efluentes que se encontra em processo de instalação no aterro”, diz o órgão.
Ainda na vistoria, constatou-se também um forte odor de amônia na lagoa de tratamento aeróbio recentemente instalada no empreendimento.
A equipe também observou um aumento expressivo da quantidade de urubus no aterro, de forma jamais vista em outras vistorias. Em razão disso, a promotoria informou que vai expedir um ofício ao I Comando da Aeronáutica para verificar a possibilidade de riscos à segurança de vôos.
Nesta quinta, 23, a Promotoria esteve em reunião com pessoas do bairro do Uriboca, que relataram a alteração do incômodo olfativo, a piora das sensações além de agravos a saúde atingindo principalmente crianças.
“A Promotoria de Justiça busca identificar as causas da alteração dos incômodos olfativos a fim de adotar as providências cabíveis”.
Ainda segundo a Promotoria, a empresa responsável pelo aterro sanitário de Marituba foi procurada juntamente com a Secretaria Municipal de Saneamento. As respostas foram recebidas e estão sob análise da equipe técnica.
Fonte: MPPA.