Paraíso escondido no centro de Portugal, arquipélago é a primeira área protegida do país em uma riqueza biológica de valor inestimável
Uma ilha fantástica e bela escondida entre deformações arqueológicas. Essa é Berlengas, o arquipélago português que mais parece a uma ilha encantada, que conquista pelo visual impressionante, com o mar em tons de verde e grutas naturalmente coloridas.
Para chegar às Berlengas é preciso pegar um barco que sai da Marina de Peniche – em outro post dou detalhes de mais esse destino incrível -, de onde partem catamarãs e botes voadores. Isso mesmo, voadores, pois a viagem nesses infláveis oferece quase a mesma sensação de estar em uma montanha russa ou um simulador. Ou seja, é grito a viagem inteira. E, claro, dor na barriga de tanto rir. Tudo, claro, na mais completa segurança, já que na partida o viajante é obrigada a colocar o salva-vidas e uma capa corta-vento.
As saídas do porto para a ilha acontecem todos os dias em dois horários: às 10h30 e às 14h30 e a viagem demora cerca de 30 minutos.
A travessia custa entre 15€ e 20€ – somente ida e volta – e mais 8€ para visitar as grutas, que, valem cada cêntimo, afinal, a vista é in-des-cri-tí-vel. E como se trata de de uma Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO, é ainda cobrado o valor de 3€ por pessoa como taxa de visitação. Vale dizer que o acesso diário se restringe a 550 pessoas, como forma de proteger o arquipélago.
Beleza de suspirar. E se apaixonar!
A ilha é de respirar fundo e zero luxo. O único luxo é a beleza. Por isso, não espere restaurantes com estrelas Michelin ou bares com cadeiras de sol. A dica é levar seu lanche e bebida, além do saco para lixo, pois há dois restaurantes na ilha e os preços não são agradáveis. Maaaas, se você estiver disposto a pagar 5€ – 28 reais – em um copo de cerveja, vai lá. Boa sorte!
O que fazer?
Logo ao chegar à ilha, para quem optar pelo passeio às grutas, é necessário trocar de embarcação e sair rumo a um passeio de cerca de 30 minutos. Prepare a câmera e o fôlego, pois ali a natureza é generosa e os momentos que se vive por lá devem ser partilhados.
Grutas
Eu fiquei particularmente apaixonada pela Gruta Azul, onde a geologia deu uma ajudinha e formou uma gigantesca rocha, que, com a entrada das águas Atlântico, recebe, ora a luz do sol, ora sombra, provocando um efeito visual em vários tons de azul, que se refletem nas paredes da gruta.
Praia da Berlenga Grande
Além do passeio pelas grutas, é possível relaxar na praia da Berlenga Grande, a principal e mais procurada, apesar de curta em extensão, mas gigante em beleza. É onde as embarcações atracam paro desembarque e embarque dos visitantes na ilha.
Mergulho
A fauna e a flora das Berlengas são um dos pontos altos do arquipélago, assim como a grandiosa vida marinha. Por isso, não deixe de mergulhar e conhecer uma das maiores áreas geológicas e ecológicas da Europa.
Forte de São João Baptista
Construído no século XVI para proteger a região contra ataques espanhóis, o Forte de São João Baptista continua, até hoje, como uma das mais emblemáticas construções portuguesas.
Em 1914, o Forte deixou de ser utilizado para fins militares e hoje está lá, lindo e majestoso, pronto para ser visitado ou mesmo receber visitantes para pernoitar. Isso mesmo. É possível dormir no Forte. Mas, atenção, é necessário levar tudo, inclusivamente a roupa de cama. Por lá, é possível usar a cozinha, comum aos hóspedes, e, claro, reservar com muuuuuita antecedência diretamente com a Associação dos Amigos das Berlengas, através do e-mail berlengareservasforte@gmail.com. Quem for, avisa aqui para contar como foi a experiência, ok?
Fotos exclusivas com proibição de reprodução.