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Anestesista é investigado por seis possíveis estupros: ‘criminoso em série’, diz delegada

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Nesta terça-feira, 12, a Polícia Civil divulgou informações sobre os novos rumos no caso da prisão do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, filmado enquanto estuprava uma paciente grávida dentro da sala de parto, em meio a um procedimento de cesaria no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense. De acordo com a delegada Bárbara Lomba, o profissional passa a ser investigado por seis estupros.

“Tudo indica que era um criminoso em série, realmente, porque há muitos indícios de repetição (…) Ele já tem uma desenvoltura, não mostra muita preocupação na hora de realizar o crime (…) Isso indica que ele já vem praticando o crime. Há, sim, um abuso de poder”, disse a delegada.

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Ainda de cordo com a titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, Giovanni é investigado por:

– Três casos referentes ao domingo, 10, (incluindo o filmado);

– Três vítimas procuraram a delegacia até o dia de hoje, 12, após a repercussão do caso, incluindo de outro hospital.

Giovanni foi preso no último domingo, 10, após ter sido filmado por uma equipe de enfermeiros que já vinha desconfiando do comportamento do médico durante os dois primeiros partos daquele dia os quais ele esteve presente e decidiram gravar o comportamento do anestesista em um terceiro parto.

“Nós ouvimos uma vítima ontem, duas hoje e tem as outras duas do dia 10. Então são seis, contando com a que resultou na prisão em flagrante, são seis que nós investigamos”, diz a delegada.

“Os casos do hospital da mulher são mais fortes. Os indícios são mais fortes. Há todo o relato da equipe de enfermagem, há o vídeo da terceira cirurgia, então em relação a esses dois outros partos, os indícios são mais fortes”, afirma Lomba.

De acordo com a equipe que registrou o flagrante, a sedação anormal, a proximidade excessiva e movimento estranho foi o que levou às desconfianças que motivaram enfermeiras a filmar o médico e flagrar o estupro.

“Houve um fato que foi confirmado. Duas pessoas da equipe de enfermagem viram na segunda cirurgia do dia 10 de julho o médico Giovanni Bezerra com sinais físicos, viram o pênis ereto, é isso. Embora não tenha vídeo e ninguém tenha visto os atos, mas duas pessoas viram isso na segunda cirurgia. Inclusive, para uma delas ele fechou aquele capote, como eles chamam, que não é comum de ser usada”, informou a delegada.

Teste de sanidade

De acordo com a delgada,não será solicitado teste de sanidade mental para o anestesista, pois na avaliação da polícia, “não há necessidade”.

“Já está comprovado pelo prontuário, inclusive, que ele passou em visita a vítima, preencheu um prontuário sobre as condições da vítima. Então é uma pessoa completamente capaz. Ele exercia normalmente a medicina. Vamos evitar chamá-lo de doente”.

Intimidação

Bárbara Lomba conta que uma enfermeira da equipe, já tentava observar o comportamento de Giovanni, então, ao perceber que ela estava desconfiada, o médico teria se incomodado ao ser observado.

“Começou a olhá-la de forma intimidadora, tratá-la rispidamente, dando a entender que ela não deveria estar na sala. Ou seja: fazendo uma pressão de alguma forma, para que ela se sentisse incomodada e saísse da sala. Uma vez ele também fechou esse capote na frente dela, porque que ela estava observando […] Ele tentava afastar essas pessoas e exercer poder”, explicou a delegada.

Postura dos outros médicos

Segundo a delegada, outros médicos do hospital não notavam alterações na conduta do anestesista.

“Os médicos que estavam presentes no centro cirúrgico disseram que não perceberam nenhum ato da execução do crime, mas disseram que a sedação não era comum”, afirmou.

“Fica a cargo do anestesista (quantidade de sedação). Eles disseram que não é comum, mas não que seja irregular, ou que não era recomendado ou que não pode ser feito. Uma das médicas disse que normalmente a sedação é quando existe alguma agitação muito grande. Mas que o anestesista é o responsável. E como eles ficam muito focados, cada um na sua função (durante a cirurgia), eles não notaram que a sedação (anormal) fosse para uma outra finalidade. Mas é óbvio que não se cumprir certos protocolos que a mulher tem direito, óbvio que pode ser considerado um violência obstétrica, pode ser apurado se houve descumprimento de protocolos que devem ser cumpridos”, acrescentou a delegada.

Giovanni foi encaminhado nesta terça-feira, 12, para o presídio de Benfica onde foi submetido a uma audiência de custódia nesta tarde, que tornou a prisão do médico preventiva. Além disso, Giovanni já é réu por um caso de denúncia de erro médico no Hospital de Irajá.

A polícia apreendeu o telefone celular do anestesista e uma gaze utilizada por ele e retirada do lixo pela equipe de enfermagem e que pode ter material biológico do médico. Os objetos passarão por perícia, assim como os medicamentos coletados, uma vez que existe a suspeita de nque ele aumentava a dose de anestésico nas pacientes.

As pacientes operadas e que podem ser vítimas dele também serão chamadas para comparecer na delegacia e prestar depoimento.

Com informações do G1

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