Na última segunda-feira, 1, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, disse que a humanidade está “a um erro de cálculo da aniquilação nuclear” durante o discurso de abertura da 10ª Conferência de Revisão do TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares), na sede das Nações Unidas em Nova York.
Na ocasião, ele destacou que “Tivemos uma sorte extraordinária até aqui. Mas sorte não é estratégia nem escudo para impedir que as tensões geopolíticas degenerem em um conflito nuclear“, afirmou Guterres. Para ele, o evento é “uma oportunidade para chegar a um acordo sobre as medidas que ajudarão a evitar certos desastres” e apontou ainda que o risco de um conflito nuclear não era tão grande desde o auge da Guerra Fria. Ele também cita que eliminar armas nucleares é a única garantia de que não serão utilizadas.
Antes da conferência, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que o país está pronto para conversar com a Rússia sobre um novo tratado de controle de armas nucleares e disse que o diálogo precisa de “um parceiro disposto a operar de boa-fé” e pediu a participação da China nas negociações. Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou uma carta para os participantes da conferência, onde afirmou que “não pode haver vencedores em uma guerra nuclear e ela nunca deve ser desencadeada”, embora já tenha acionado em alerta máximo as “forças de dissuasão nuclear” do país, no início da invasão à Ucrânia, em fevereiro, e tenha simulado o lançamento de mísseis com capacidade nuclear, em abril deste ano.
Com informações do Poder 360
