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Exposição apresenta documentos históricos sobre a independência no Pará

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Em Belém, o Arquivo Público do Estado do Pará recebeu visitantes nesta terça-feira (16), quando se completam 199 anos da assinatura da ata de adesão da então província do Grão-Pará à Independência. Para celebrar a data, a instituição promoveu a exposição “A Adesão do Pará à Independência nos documentos do Arquivo Público”.

A exposição comemorativa realizada em única apresentação, até às 15h, reuniu 14 documentos que incluem correspondências oficiais das vilas da província e da sede do império, no Rio de Janeiro, além de livros sobre o período pré e pós-independência. Além dos arquivos oficiais, a mostra teve também obras do acervo do Arquivo Público, como livros sobre a temática escritos por autores como Augusto Meira Filho e Antônio Baena.

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Leonardo Tori explica que a ideia da exposição foi contextualizar o período e que divulgar os documentos é respeitar o direito à memória da sociedade.

“O grande objetivo da exposição é divulgar esses documentos e o trabalho feito dentro do Arquivo Público como o grande guardião da memória e da história do povo do Pará. E a Adesão do Pará à Independência é um fato grandiosíssimo e que merece o destaque sempre. Esses documentos mostram todas as negociações, os conflitos que aconteceram antes e após a Adesão. Geralmente as pessoas lembram como um episódio muito isolado, mas na verdade ele é linkado com outros episódios importantes como, por exemplo, a Cabanagem”, pontua o diretor.

Os documentos históricos contextualizam a época na qual, depois de assinada a adesão na capital, todas as vilas tinham que fazer o mesmo, como Cametá, Bragança, Joanes. Muitas delas foram contrárias, o que indicam correspondências de autoridades que relatavam a presença de opositores nas localidades, principalmente na região do Baixo Amazonas.

“É para entender melhor as suas origens, inclusive entender a nossa identidade cultural. Lendo os documentos, percebemos que a nossa identidade foi algo forjado mesmo, essa ideia de ser brasileiro. Não é à toa que a adesão levou quase um ano para acontecer, não existia esse laço patriótico. Isso busca a reflexão do que somos e a nossa origem enquanto povo e sociedade”, acrescenta Leonardo.

A curadoria dos documentos foi realizada por André Lima, técnico em Gestão Cultural e historiador do Arquivo Público do Estado do Pará. “Houve uma peneira porque existe muito material desse período de 1822 a 1823. Nós colocamos o que mais chama atenção do público que geralmente frequenta o espaço, como a adesão e as revoltas que se deram posteriormente como a revolta do Brigue Palhaço. O interior chegava ao Amapá, ao Amazonas é muito importante disponibilizar as informações ao público”, afirma o profissional.

As peças expostas incluem documentos originais e cópias, algumas delas transcritas diante da dificuldade de leitura pelo vocabulário da época e pela própria ação do tempo. “Algumas podem ser manuseadas, mas existem também os originais que precisam de cuidado como uso de luvas e máscaras”, sinaliza André.

Para a estudante Priscila Nascimento, ter acesso a esses materiais é uma forma de entender o passado e o presente. “Vim inicialmente para fazer uma pesquisa e me deparei com a exposição, que está bem organizada, fala de um assunto importante ainda mais nesse período eleitoral em que há muitos conflitos. E aquela época também era recheada de conflitos entre lados distintos, muitas vezes porque ainda que parte da população quisesse a Independência, outra não queria essa mudança de estrutura”, afirma a estudante do 4º período de História na Universidade Federal do Pará, que recomenda ainda que importante que outras pessoas venham conhecer esse espaço e o valorizem.

Manoel Rendeiro Neto é doutorando em História da América Latina, da Universidade da Califórnia, também visitou a exposição. “É muito importante valorizar a documentação da história do Pará e da Amazônia em relação ao Brasil e relembrar esses processos políticos e sociais que ocorreram aqui e não foi um processo natural. Além disso, tem a valorização do Arquivo Público no centro da cidade ”, diz.

O jovem diz que já tinha tido acesso a alguns documentos em outros momentos, mas que a exposição trouxe novidades. “Especialmente os documentos do interior, como Bragança, Óbidos, vindos mais do alto do rio Amazonas, que mostram essas relações de tensão entre Belém e outros projetos políticos mais rurais e afastados da capital paraense”, destaca Manoel.

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