Reprodução/Arquivo Pessoal
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Mulher ganha rim do marido na lua de mel: ‘ele me deu futuro’

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Nesta mês, a servidora pública Érika Moreira, de 37 anos, falou pela primeira vez sobre o sucesso do transplante renal pelo qual passou no dia 23 de junho, em Brasília, no Distrito Federal, e de todo o contexto especial que envolveu a descoberta chocante da necessidade do transplante. Ainda na adolescência, Érika foi diagnosticada com uma doença chamada glomeruloesclerose segmentar focal (GESF), que paralisa gradativamente as funções renais.

No entanto, no ano de 2019, ela teve uma piora do quadro de saúde que poderia afetar a qualidade de vida e ser um obstáculo para a realização do sonho de ser mãe. Neste momento, Leandro Moreira, que na época era namorado de Érika, revelou a vontade de doar um dos rins para a amada. Ela relembra que eles se conheceram em 2018 por meio de uma amiga em comum: “Foi amor à primeira vista. Começamos a namorar e logo noivamos. Com isso, iniciamos o planejamento do nosso casamento, que seria em 2020, porém, devido à pandemia, tivemos que mudar nossos planos. Adiamos o casamento religioso para junho de 2022 e mantivemos apenas o casamento civil em 2020”.

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A partir deste momento, ao mesmo tempo que o casal planejava o casamento, os dois buscavam tratamentos para melhorar a função renal de Érika, que havia chegado a menos de 20%. Com o agravamento do quadro, a melhor opção encontrada foi o transplante preventivo do órgão. Além de Leandro, a mãe e o irmão de Érika se dispuseram para serem doadores, mas ambos foram desclassificados durante a realização de exames de saúde. Felizmente, Leandro, já noivo da paciente, apresentou maior compatibilidade.

Érika conta que “No momento em que descobri que ele seria meu doador foi uma alegria imensa, um sentimento de gratidão a Deus e a meu marido pela coragem, atitude e companheirismo. Veio em mim um sentimento de liberdade e vitória por poder ter um futuro, planos e colocar em prática sonhos” e também agradece à família do marido pelo apoio, desde o início, para a realização do transplante. Leandro completa: “Fiquei muito feliz em saber que possuía as melhores condições de ser o doador e poderia colaborar com a melhora da saúde dela”.


Em junho, duas semanas antes do transplante, o casal celebrou o casamento religioso com uma grande festa. No dia da cirurgia ambos estavam muito nervosos, mas confiantes de que daria certo. O cirurgião responsável pelo transplante foi o urologista Fransber Rodrigues, coordenador do Centro de Robótica do Hospital Brasília. Ele explica que a qualidade de vida de um paciente transplantado aumenta muito. Uma das vantagens é não depender mais de diálise. Ele ressalta, entretanto, que o transplante exige acompanhamento médico regular para verificar como está a função renal e o sistema imunológico, já que esses pacientes recebem medicação para evitar a rejeição do órgão.

O processo cirúrgico de Leandro durou duas horas e ele recebeu alta em 24 horas. Já a operação de Érika durou aproximadamente três horas e meia, e sua internação durou 22 dias, sendo seis na Unidade de Terapia Intensiva – UTI, devido a um indício de rejeição do órgão transplantado. Felizmente, após isso a recuperação foi bem-sucedida e em menos de um mês a paciente recebeu alta: “Me sinto uma nova pessoa. Quero realizar meus sonhos, meus planos. Antes não tinha muitas perspectivas, porque a todo momento pensava se teria saúde”, comemora Érika. Além de celebrar o sucesso do transplante, ela festeja a possibilidade de ter uma gravidez saudável, e já planeja ter um filho no ano que vem.

Com informações do Metrópoles

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