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Corpos nus ganham destaque em exposição inédita em Belém

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A galeria Benedito Nunes, em Belém, recebe no dia 20 de maio o aguardado vernissage da exposição de arte “Desnudo”, contemplada pelo edital Prêmio Branco de Melo, da Fundação Cultural do Estado do Pará. A exposição com curadoria de Vânia Leal reúne 131 trabalhos de mais de 90 artistas de 15 estados brasileiros e 11 países, presentes na Coleção Eduardo Vasconcelos e também em um catálogo impresso distribuído aos visitantes.

A mostra tem apoio do Studio Tintas, Maxcolor e revista Design.com e ficará aberta ao público para visitação gratuita de 21 de maio a 1º de julho, de segunda a sexta, das 10h às 17h. Os visitantes serão convidados a conferir a diversidade presente nas formas de representação artística do corpo humano, repensando os conceitos dos corpos-obras enquanto mecanismos de discussão política, de gênero e de sexualidade.

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Segundo o colecionador paraense Eduardo Vasconcelos, vencedor do edital Prêmio Branco de Melo, a exposição reflete ainda como a nudez na arte permeia a produção artística, onde os temas do corpo passam por transformações, manifestando formas de romper e transgredir padrões estabelecidos. “As formas de representação da nudez ainda são um tabu em nossa cultura. Nesse potente recorte curatorial, mostramos artistas geograficamente distantes, mas que atravessam essa temática, utilizando poéticas e suportes diversos, perfazendo 50 anos de arte”, avalia Eduardo.

Algo nunca visto em Belém

A curadora Vânia Leal se debruçou dias e dias sobre o vasto acervo de Eduardo para catalogar as obras que irão compor a exposição. Segundo ela, a sexualidade e as questões de gênero são muito presentes na coleção, por isso elas ganharam destaque enquanto recorte. “Esse recorte que fala de sexualidade tem, inclusive, uma representação interessante na vida e na história da arte”, explica.

Ainda segundo Vânia, o recorte é precioso e antecipador ao fazer uma reparação histórica. “É antecipador porque, quando o colecionador adquiriu lá atrás esse acervo que perpassa pela diversidade (corpos trans, corpos pretos e corpos de mulheres), ele já estava pensando nesse rompimento de padrões que hoje os movimentos LGBTQI+ e as mulheres ‘arte-vistas’ estão fortemente buscando. O apagamento desse público sempre existiu, mas a arte sempre tratou dessa questão de forma antecipadora”, explica a curadora.

“Vamos apresentar um recorte nunca visto em Belém, com trabalhos que incluem corpos trans, corpos de mulheres e corpos negros”, antecipa Vânia. Ela delimitou três núcleos na exposição: “Corpo e Ativismo”, “Corpo Desnudo” e “Fantasias e Fetichismo”. “Eu só não posso dar spoiler sobre cada um, porque vai ser um elemento surpresa na exposição”, diz.

Naturalização do nu

Eduardo explica que, desde os primórdios da humanidade, a representação do corpo nu se faz presente. Em esculturas pré-históricas, passando pela antiguidade e Idade Média, até chegar ao período contemporâneo, a nudez nunca passou incólume e incógnita. Grandes artistas, como Leonardo Da Vinci, Michelangelo e Picasso exploraram o tema em diversos contextos, criando obras atemporais, que atraem a atenção até os dias atuais. “A partir dos anos 60 a nudez teve papel fundamental na contestação de padrões sociais, gerando debates sobre a dominação masculina, o empoderamento feminino e as desigualdades sociais”, esclarece.

“Recordo que a exposição ‘Histórias da Sexualidade’, realizada em 2017 no MASP, teve recorde de público, com 114 mil visitantes, ao trazer os corpos nus dentro de seus eixos temáticos. Ressalto ainda a estratégia utilizada em 2015 pelo Museu d’Orsay e o Museu de L’Oragerie, em Paris, com a campanha ‘Emmenez vos enfants voir des gens tout nous’ (Tragam seus filhos para ver gente nua), extremamente bem recebida pelo público. A proposta era estimular famílias a visitarem os espaços e conhecerem as obras”, finaliza.

O acervo de Eduardo

Sempre convidado para participar de encontros, lives e pesquisas sobre arte e colecionismo, o professor e colecionador de arte Eduardo Vasconcelos tem um acervo de mais de 700 obras entre pinturas, esculturas, fotografias, desenhos e objetos. Há um núcleo só de arte paraense. Movido pela lógica de que a arte deve ser compartilhada, ele decidiu abrir a sua reserva técnica às grandes exposições.

“Temos uma infinidade de obras com elevada importância artística e cultural e que são vistas somente em uma esfera bem restrita. O papel do colecionador de arte não deve se restringir ao mero acúmulo das obras. Permitir que essas obras circulem e tenham visibilidade, contribui para a difusão da cultura e do próprio mercado, envolvendo todos os elos dessa cadeia. Há um papel social e político importante nisso tudo, principalmente na construção de novos olhares para a arte”, diz Eduardo. 

Serviço:

Exposição “Desnudo”, contemplada pelo edital Prêmio Branco de Melo, da Fundação Cultural do Estado do Pará.

Onde: Galeria Benedito Nunes, na Fundação Cultural do Pará (Avenida Gentil Bittencourt, 650, esquina com a Avenida Rui Barbosa – Nazaré, Belém).

Quando: Vernissage dia 20 de maio de 2022. Visitação do público de 21 de maio a 1º de julho de 2022.

Hora: Vernissage às 19h. Visitação do público de segunda a sexta, das 10h às 18h.

Instagram: @colecaoeduardovasconcelos / @design.comrevista.

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