Belém recebe Caminhão Museu com exposição sobre o bicentenário da Independência do Brasil; confira a programação

A partir deste domingo, 2, após 16h, Belém recebe a exposição 'Itinerários da Independência' no chamado Caminhão Museu, uma das ações comemorativas do bicentenário da Independência do Brasil organizadas pelo Senado Federal em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A exposição itinerante começou em junho de 2022, em Brasília, e agora contempla a segunda capital do norte.

O Caminhão Museu, que conta com modernos recursos audiovisuais e bibliográficos para contar a história dos vários projetos e conflitos que existiram em torno desse processo político no Brasil, ficará estacionado no Portal da Amazônia e estará aberto para visitação pública nos dias 3 e 4 de abril, a partir de 8h30.

Cerca de mil estudantes da rede municipal de ensino estarão presentes na exposição, em mais uma ação pedagógica proporcionada pela Prefeitura da Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec).

Exposição itinerante - A exposição sobre a história do Brasil independente tem acompanhamento de cinco monitores. O Caminhão Museu tem um universo de informações distribuídas em salas de cinema com projeções de vídeos curtos, como videoanimações e de realidade virtual, onde o visitante poderá ser fotografado participando de dois momentos históricos desses itinerários; biblioteca com livros e HQs sobre a independência.

Tem também oito computadores, para acompanhar podcasts e acessar o site 'Itinerários Virtuais da Independência'; onze painéis com reproduções de obras de artistas, brasileiros e estrangeiros e painéis instagramáveis com dois personagens exemplares da luta pela Independência no Brasil.

Protagonismo feminino – Além de percorrer esse labirinto histórico, haverá um espaço reservado ao protagonismo feminino, inspirado no livro 'As mulheres que estavam lá', de autoria de Heloísa e Antônia Pellegrino, que destaca a força feminina na independência do Brasil. Mulheres viveram esse projeto de maneiras diferentes, partiram de patamares sociais desiguais e atuaram de forma diversa: algumas dessas mulheres empunharam armas, outras se engajaram no ativismo político.

Mas todas elas recusaram o lugar subalterno que lhes era reservado. Apesar disso, até hoje pouco se sabe – ou quase nada – sobre a história dessas mulheres e o modo como se posicionaram no centro da cena pública durante a Independência do Brasil. Seu protagonismo continua esquecido. São elas: Hipólita Jacinta Teixeira de Melo; Bárbara de Alencar; Ana Maria José Lins; Maria Felipa de Oliveira; Maria Clemência da Silveira Sampaio; Maria Quitéria de Jesus; imperatriz Leopoldina.

Programação cultural – Nos dias de visitação haverá uma extensa programação cultural coordenada pelo Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube) e pelo Núcleo de Arte, Cultura e Educação (Nace), ambos vinculados à Semec. 

No dia 2, às 18h, haverá o espetáculo 'Meu quintal é maior que o mundo'; no dia 3, às 10h, haverá apresentação lítero-musical 'Dá-me rosas e pela tarde'; e, às 17h, o espetáculo  'Uó de passiva'. No dia 4, será a vez do espetáculo 'Eu sou um livro', às 10h; depois segue contação de histórias 'Cigana Samaúma', às 17h, e o Cine Clube, marcado para 19h.