Caso Yasmin: veja por quais crimes Lucas Magalhães vai responder

Após a audiência de instrução de Lucas Magalhães, que ocorreu na última segunda-feira, 17, a Justiça do Pará decidiu que ele irá a júri popular no caso que investiga a morte da estudante Yasmin Macedo, em dezembro de 2021. O júri popular está marcado para o dia 31 de Maio deste ano. O dono da...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 03:34

Após a audiência de instrução de Lucas Magalhães, que ocorreu na última segunda-feira, 17, a Justiça do Pará decidiu que ele irá a júri popular no caso que investiga a morte da estudante Yasmin Macedo, em dezembro de 2021. O júri popular está marcado para o dia 31 de Maio deste ano. O dono da lancha vai responder pelos crimes de homicídio por dolo eventual, fraude processual, disparo de arma de fogo e posse ilegal de arma de fogo.

Entenda agora quais crimes Lucas Magalhães irá responder:

Homicídio por dolo eventual é aquele no qual a pessoa prevê que suas atitudes podem resultar na morte de outra. Contudo, mesmo assim, prossegue com a ação, assumindo o risco de matar. A pena é de seis a 20 anos de reclusão.

Fraude processual consiste em modificar o local do crime, os objetos relacionados ao crime ou mesmo o estado das pessoas envolvidas, com a finalidade de induzir o magistrado ou o perito ao erro. A pena é de três meses a dois anos de reclusão, além de multa.

Disparo de arma de fogo, pois é crime disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela. Com pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa.

Posse ilegal de arma de fogo, que significa manter uma arma sem registro dentro de casa, trabalho outro ambiente. A pena é de dois a quatro anos de reclusão, além de multa.

Além de Lucas Magalhães, outras duas pessoas foram indiciadas no inquérito que investiga o caso, que já foi concluído e remetido à Justiça. Estes ainda devem tramitar em outras varas da Justiça. Os indiciados são:

Euler Cunha Magalhães - indiciado por porte ilegal e disparo de arma de fogo.Bruno Faganelo - indiciado por disparo de arma de fogo.

De acordo advogado da família de Yasmin, Madson Nogueira, foi retirado o segredo de justiça do processo. Além disso, a defesa de Lucas Magalhães, após a decisão entrou com um pedido na justiça de liberdade provisória, o qual ainda deverá ser julgado se ele aguarda o julgamento em liberdade ou não.

Relembre o caso

Yasmim Cavalero de Macedo desapareceu na noite do dia 12 de dezembro, durante um passeio de lancha pelas águas do rio Maguari, em Belém. Cerca de 15 pessoas estavam a bordo da embarcação. Yasmin teria sumido por volta de 22h30, várias hipóteses surgiram sobre o caso, que segue sem conclusão.

O corpo foi encontrado no dia 13 de dezembro, por volta de 12h40, em Icoaraci, na região de marinas particulares, no fundo do rio. A mãe da vítima, Eliene Cristina Fontes, relatou que há três supostas versões do desaparecimento. Uma hipótese supõe que Yasmin teria caído da embarcação. Outra hipótese menciona que ela teria usado a escada da lancha para urinar e acabou caindo no rio. Uma terceira versão relata que ela teria mergulhado e desaparecido. Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu disparos de arma de fogo foram realizados na embarcação.