No próximo dia 10 de agosto, o Censo Demográfico 2022 chega às terras indígenas, em todo o país. Com o apoio da Funai e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), as equipes do IBGE, compostas por recenseadores serão especialmente treinados para coletar as informações em terras indígenas. O objetivo é quantificar a população atual e conhecer as condições em que vivem os cidadãos brasileiro.
Recenseadores, por exigência da Sesai/Funai e lideranças indígenas, as equipes que vão a campo no dia 10, terão que cumprir todo o quadro vacinal exigido (febre amarela, Covid, gripe) e também terão que apresentar teste negativado para Covid, antes de adentrar qualquer área com domicílios indígena. Além disso, todos terão que utilizar máscaras durante toda a sua permanência em terra indígena ou em qualquer contato com informante ou liderança indígena.
De acordo com o último Censo realizado em 2010, viviam no Brasil 896,9 mil indígenas, de 305 etnias e 274 línguas diferentes. Aquela pesquisa demonstrou que 57,7% da população indígena estava distribuída em 505 Terras Indígenas, das quais seis tinham mais de 10 mil habitantes. A terra com maior população era a Yanomami, localizada nos estados do Amazonas e de Roraima, com 25,7 mil pessoas.
O recenseamento feito há 12 anos comprovou mais uma vez a grande diversidade dessas etnias indígenas, que apresentam diferentes modos de vida e enorme riqueza cultural. Retratar a situação atual dessas etnias, quantas são, onde habitam e como vivem atualmente será um dos grandes desafios do Censo 2022. Para o sucesso dessa pesquisa, o IBGE contará com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de toda a população indígena a fim de melhorar a coleta das informações.
Com informações: Ascom Funai e IBGE