A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília, investiga um crachá encontrado com o paraense George Washington, preso por planejar um atentado a bomba próxima ao Aeroporto de Brasília. A CPMI aprovou, na reunião desta terça-feira, 11, a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático do paraense, para apurar o crachá que pertence à empresa Base Industrial de Defesa (BID) Brasil.
A empresa promoveu um evento em Brasília poucos dias antes do atentato, que expõe tecnologias de defesa nacional e foi patrocinado pela Apex Brasil com o apoio do Ministério da Defesa. A 7ª Mostra BID Brasil foi realizada entre os dias 6 e 8 de dezembro. Já a prisão de Washington ocorreu poucos dias depois, no dia 24 de dezembro de 2022. Membros da comissão acreditam que ele tenha participado desta conferência e de outras atividades da empresa.
As investigações tentam rastrear possíveis financiadores dos ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
Em nota, a Apex informou que não tem responsabilidade pela organização da 7ª Mostra BID Brasil, que expôs em Brasília tecnologias de defesa nacional. “Sobre George Washington, a Apex observou que ele não é funcionário desta agência”, declarou.