Deslizamento de terra provocou manchas nas águas do rio Mapuera, no Pará, afirma MPF

As manchas nas águas, detectada pelos indígenas que vivem nas margens do rio Mapuera, no nordesde do Pará, durante o fim de semana, foi provocada por um grande deslizamento de terras. Foi o que mostrou o sobrevoo realizado pelos indígenas e técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Frente de Proteção...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 04:53

As manchas nas águas, detectada pelos indígenas que vivem nas margens do rio Mapuera, no nordesde do Pará, durante o fim de semana, foi provocada por um grande deslizamento de terras. Foi o que mostrou o sobrevoo realizado pelos indígenas e técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF) há uma considerável quantidade de terra de um morro nas margens do leito do Mapuera. As terras avançaram para dentro das águas, desceram o rio e, nesta terça-feira, 31, atingiram a calha do Trombetas, principal rio da região.

De acordo com relatório com análise de imagens de satélite do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o deslizamento totaliza mais de oito hectares de terras, o equivalente a oito campos de futebol.

Por enquanto não há indícios de ter sido causado por ação humana mas persiste a necessidade de resguardar a segurança alimentar e a saúde nutricional dos indígenas, quilombolas e ribeirinhos afetados pelas impurezas nas águas.

O MPF marcou uma reunião nesta quarta-feira, 1º, para discutir a segurança alimentar e também a necessidade de se mitigar os danos ambientais provocados pelo deslizamento de terras.

Além do MPF, vão participar os representantes da prefeitura de Oriximiná, Secretaria de Meio Ambiente de Oriximiná, Funai, ICMBio, Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins, Instituto do Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) e com os representantes dos povos indígenas da região.