Familiares de vítimas de naufrágio em Cotijuba fazem protesto em Belém

Após quase oito meses do naufrágio que vitimou 23 pessoas, na Ilha de Cotijuba, em Belém, familiares realizaram um protesto na manhã desta terça-feira, 2, cobrando às autoridades por respostas e justiça. A manifestação foi feita devido à audiência de instrução e julgamento do condutor da lancha Dona Lourdes II, Marcos...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 09:52

Após quase oito meses do naufrágio que vitimou 23 pessoas, na Ilha de Cotijuba, em Belém, familiares realizaram um protesto na manhã desta terça-feira, 2, cobrando às autoridades por respostas e justiça.

A manifestação foi feita devido à audiência de instrução e julgamento do condutor da lancha Dona Lourdes II, Marcos de Souza Oliveira, que estava marcada para esta terça-feira, porém foi adiada pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e ainda não tem data definida.

. Crédito: Foto: TJPA

De acordo com o TJPA, o promotor Edson Souza pediu adiamento da audiência alegando que falta documentação de vítimas e sobreviventes para somar ao caso. Na audiência, é esperado que 16 testemunhas sejam ouvidas e em seguida, o réu passará a ser interrogado. Até o momento, Até o momento, o condutor Marcos de Souza, um dos 66 sobreviventes é o único indiciado pelo naufrágio.

Marcos chegou a ser preso no dia 13 de setembro, após ser declarado foragido, já que o mandado de prisão contra ele foi expedido um dia após o naufrágio, no dia 9 de setembro. O mandado de prisão foi expedido após o crime ser considerado homicídio doloso. Com agravantes de outros crimes, como omissão de socorro.

Em dezembro de 2022, a justiça do Pará concedeu habeas corpus a Marcos Oliveira, durante sessão da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), conduzida pela desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos. O alvará de soltura foi assinado pelo desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior.

Relembre o caso

A embarcação Dona Lourdes II saiu da ilha de Marajó para a capital paraense, e afundou perto da Ilha de Cotijuba, no dia 8 de setembro de 2022. O barco não tinha autorização para navegar e partiu de um porto clandestino. A bordo estavam mais de 80 pessoas e 23 morreram. Não havia número oficial de passageiros.

Entre os relatos dos sobreviventes afirmam que o condutor da embarcação teria demorado a chamar socorro quando o barco começou a afundar, além de não orientar os ocupantes do barco e não distribuir os coletes salva-vidas.