O momento foi de muita emoção para a fã da banda desde os anos 90
Um esforço coletivo da equipe multidisciplinar do Hospital de Aeronáutica de Belém proporcionou uma manhã de muita alegria para uma paciente que possui paralisia cerebral, desde o nascimento, nesta quinta-feira (3). Marília Lima de Noronha, fã da banda Warilou desde a década de 90 foi surpreendida pela visita dos cantores. O Roma News cobriu com exclusividade a ação.
A musicoterapia faz parte de seis grandes projetos unificados, em fase de implementação nos Hospitais e Organizações de Saúde da Aeronáutica, pela Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), onde foi criada a Comissão de Humanização e Cuidados Paliativos. Que tem como objetivo proporcionar várias atividades para que o momento de fim de vida dos pacientes seja com maior qualidade.
“Todo paciente que está internado, a gente procura saber o que ele gosta. Para que a gente possa oferecer nesse momento coisas que trazem prazer e alegria para ele. A comissão visita esses pacientes, monta um prontuário afetivo, onde a gente coloca informações como o nome do animal de estimação, o nome que o paciente gosta de ser chamado, comidas que ele gosta, etc. E dentro dessa pesquisa a gente ficou sabendo pela família, que a Marília gostava do Warilou. E aí um dos membros da comissão fez contato com eles e eles prontamente se ofereceram a vir trazer alegria para a Marília, que ficou bastante emocionada, como vocês viram”, explica o Major médico cardiologista Paulo Henrique Pereira, chefe da Divisão Médica do Hospital de Aeronáutica de Belém e presidente da Comissão de Humanização e Cuidados Paliativos.

O momento foi mesmo de grande emoção. Os três cantores da banda, Joba, Nicinha e Suelene, entraram no quarto de Marília cantando a música ‘Warilou’, que segundo Mariza Noronha, irmã da paciente, é a preferida dela. Ao ouvir o som Marília esboçou vários sorrisos radiantes, além de dançar junto com as canções deixando todos no quarto emocionados.
“Me senti muito honrada, eu nunca esperei. Nunca mesmo. Isso mostrou o quanto a equipe responsável ama a profissão. Trazer o Warilou aqui para ela, nossa, foi um sonho realizado. Porque ela sempre quis. Nós moramos perto de um bar que a banda ia tocar final do ano e ela queria ir pra lá. Eu falei ‘Como Marília, que lá vai lotar. Mas eu ponho Warilou pra tu ouvires’ e ela se conformou. Mas eu nunca pensei que isso iria acontecer um dia, dela poder receber eles”, conta.

A apresentação no hospital foi curta, mas o suficiente para ser um marco do início tanto da musicoterapia no hospital como para a banda. Foi a primeira vez que os três cantores puderam participar de um projeto como este e levar música a pacientes paliativos. Joba contou emocionado o quanto ficou grato pela visita. “O sentimento é de gratidão. Na verdade, a gente é convidado para uma missão de trazer conforto, mas na verdade quem se sente confortados somos nós. Em saber que a gente pode contribuir com um trabalho para o bem-estar das pessoas, com o poder terapêutico e curativo da música”, relata.
Ao término da visita no quarto de Marília, a banda passou pelo corredor todo do hospital cantando e alguns pacientes até se levantaram e foram animados nas portas dos seus quartos conferir. O momento foi o ponta pé inicial da musicoterapia no hospital, que pretende repetir e levar outros artistas para se apresentarem e proporcionarem momentos de prazer e conforto aos pacientes.