Instituto Evandro Chagas traz alertas sobre a febre do maruim

Na última terça-feira, 27, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) anunciou,a implantação da Vigilância Epidemiológica da Febre de Oropouche, doença transmitida pelo mosquito maruim, popular em diversas regiões do estado, o Pará se tornou o primeiro ente da federação a possuir essa política de combate à...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 14:27

Na última terça-feira, 27, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) anunciou,a implantação da Vigilância Epidemiológica da Febre de Oropouche, doença transmitida pelo mosquito maruim, popular em diversas regiões do estado, o Pará se tornou o primeiro ente da federação a possuir essa política de combate à doença. O Grupo Liberal ouviu com exclusividade a médica virologista e pesquisadora do Instituto Evandro Chagas (IEC), Dra. Socorro Azevedo, infectologista que explicou quais são os principais sintomas da doença, assim como formas de diagnóstico, tratamento e prevenção.

A febre Oropouche é uma doença infecciosa causada pelo vírus Oropouche, um arbovírus que foi batizado dessa forma por ter sido identificado pela primeira vez numa localidade chamada Vega de Oropouche, em Trinidad e Tobago. O primeiro caso registrado no Brasil foi em meados dos anos 1960, logo, apesar de parecer recente, a Dra. Socorro Azevedo explica que a Febre Oropouche é uma doença antiga e frequente na região amazônica.

Transmitido por mosquitos conhecidos popularmente como borrachudo ou maruim (de nome científico Culicoides paraensis), encontrados facilmente em águas paradas. No entanto, os mosquitos do gênero Culex, mais espalhados pelo país, também podem ser vetores. O período de incubação do vírus é de quatro a oito dias, quando surgem os primeiros sinais. A manifestação dos sintomas costuma durar de 5 a 7 dias, mas, segundo o alerta emitido, a recuperação total do paciente pode levar semanas.