As temperaturas vão ficar acima da média em outubro na maior parte do país e o Pará está na lista dos estados que vão sentir todo esse calor que deve passar dos 29°C, segundo o que prevê o boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em entrevista ao portal Roma News, a meteorologista Andrea Ramos explicou que os paraenses estão enfrentando temperaturas até 5°C acima da média, mas o fenômeno não é considerado “onda de calor”.
“As temperaturas realmente estão altas em Belém, ficando na faixa de 2°C, 3°C – em alguns dias até 5°C – acima da média climatológica. E desde quando o El Niño se estabeleceu no dia 8 de junho, as temperaturas estão ultrapassando a média em praticamente todos os dias, mas para ocorrer uma onda de calor, é necessário um critério estabelecido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que diz que as temperaturas têm que ficar 5ºC acima da temperatura da climatologia por vários dias. Então como ficam apenas três ou quatro dias e depois tem um intervalo de chuva, esse valor diminui e com isso o aviso de onda de calor não chega, mas não significa que não esteja quente, está sim muito quente”, disse Andrea.
Ainda de acordo com a meteoirologista do Inmet, a previsão do instituto é que os últimos três meses de 2023 tenham altas temperaturas e redução de chuvas em Belém. “Está quente e a tendência é essa mesmo. Os próximos três meses: outubro, novembro e dezembro estão com indicativos de que as temperaturas vão ficar acima da média e vai ter redução das chuvas, apesar de que em outubro já inicia o período chuvoso, mas ainda assim não há previsão de chuvas pelo menos no decorrer dessa semana”, ressaltou.
Andrea Ramos ainda destaca que a chuva e o calor estão “sendo influenciados pelo El Niño e também pelo aquecimento do Atlântico Tropical Norte (que é responsável por proporcionar nuvens de chuva também, mas por estar muito quente, está inibindo a formação de nuvens de chuva e quando tem fica com esse intervalo de alguns dias sem chuvas e quando elas veem não são suficientes porque sempre estão abaixo da média”, finalizou.