Militar da Aeronáutica é condenado a 50 anos de prisão por matar esposa e amiga, no Pará

Na última terça-feira, 28, a Justiça do Pará condenou o militar da reserva da Aeronáutica, identificado como Joelson Alves de Souza, a 50 anos de prisão pelas mortes da esposa Jessica Araújo Mesquisa, e a amiga dela, a pernambucana Tamires Abdon. O Tribunal do Júri condenou Joelson por duplo homicídio qualificado, com agravante de feminicídio. O réu...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 15:34

Na última terça-feira, 28, a Justiça do Pará condenou o militar da reserva da Aeronáutica, identificado como Joelson Alves de Souza, a 50 anos de prisão pelas mortes da esposa Jessica Araújo Mesquisa, e a amiga dela, a pernambucana Tamires Abdon. O Tribunal do Júri condenou Joelson por duplo homicídio qualificado, com agravante de feminicídio. O réu cumpre prisão desde a época do crime, e deve cumprir a pena em regime fechado, sem o direito ao apelo de cumprimento da pena em liberdade.

O duplo feminicídio ocorreu no dia 30 de janeiro de 2021, quando Jéssiva tentava sair de casa com ajuda de Tamires, em um residencial localizado no bairro do Guamá, em Belém, capital paraense. As famílias das vítimas acompanharam o julgamento, e esperavam pela condenação do réu vestidos de branco. A irmã de Jéssica, Joyse Mesquisa, disse que há mais de três anos espera por justiça. 'Isso nos machuca até hoje'.

Ao longo da manhã, testemunhas prestaram depoimentos. Entre elas, dois policiais militares que atuaram na ocorrência. Eles deram detalhes de como encontraram a cena do crime ao chegarem no local.

O julgamento ocorre mais de 1 ano depois da data prevista inicialmente, que seria em maio de 2023. O Tribunal de Justiça do Pará havia adiado o julgamento para que o réu passasse por exames de sanidade mental. Em dezembro de 2023, o laudo do Instituto Médico Legal constatou que o acusado não apresenta sinais e sintomas compatíveis com diagnóstico de transtorno mental ou comportamento e nem desenvolvimento mental incompleto ou retardo.

Em nota, o Comando da Aeronáutica disse, à época, que colaboraria com as autoridades policiais nas investigações.