Ministério da Saúde aponta redução da mortalidade materna no Pará

Um estudo realizado pelo Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, emitido em abril deste ano, aponta que o Pará deixou de ser o primeiro colocado no ranking da mortalidade materna, posto que ocupava em 2019, passando para a 3ª colocação em 2020 e descendo para o 11º lugar em 2021. Os...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 09:58

Um estudo realizado pelo Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, emitido em abril deste ano, aponta que o Pará deixou de ser o primeiro colocado no ranking da mortalidade materna, posto que ocupava em 2019, passando para a 3ª colocação em 2020 e descendo para o 11º lugar em 2021.

Os dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), apontam que houve uma redução de 38,8% na comparação entre números absolutos de mortes ocorridas entre janeiro e abril de 2021, e o mesmo período deste ano. O fortalecimento do Pacto pela Redução da Mortalidade Materna, dá assistência a grávidas desde o pré-natal até o nascimento da criança. O pacto foi criado para fortalecer o pré-natal na atenção básica, realizado a partir do monitoramento de cinco indicadores de saúde da mulher, além de apoiar os municípios na linha de cuidado materno e infantil. 

Segundo a coordenadora estadual de Saúde da Mulher, Nicolli Vieira, o Pacto tem propiciado o fortalecimento da linha de cuidado materno e infantil nos três níveis de assistência, com ações direcionadas para identificar as principais fragilidades do pré-natal, melhorando as boas práticas de parto e nascimento.

 'A ideia é qualificar a rede materno infantil nas regiões do estado, organizando uma linha de cuidados para as gestantes, dando maior atenção desde o primeiro momento da gestação até o pós-parto. Isso repercute positivamente na diminuição dos índices de mortalidade materna no Pará', explica Nicolli Vieira.

Outra ação que repercute na queda de óbitos maternos é a realização do projeto 'Saúde por todo o Pará', realizado em 2021, quando uma equipe de 100 profissionais foi enviada para uma série de ações em 14 municípios do Arquipélago do Marajó. O programa realizou diagnóstico situacional materno-infantil e promoveu ações de saúde itinerante. 

O projeto envolveu visitas técnicas dos profissionais nas salas de cirurgias e maternidades locais, além do também atendimento médico. A partir do diagnóstico situacional, foram adotadas medidas para melhorar a estruturação de assistência à saúde na região. Na ocasião, foram contabilizados 15.950 procedimentos. 

O óbito materno se dá quando uma mulher morre durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término (seja com parto ou aborto) devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela.