Mulher estrangulada pelo marido em Ananindeua sofria ameaças de morte e chantagens, revela irmã à polícia

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A morte de Danielle Rocha Goyana, 41 anos, traz à tona um novas revelações sobre o relacionamento entre ela e o acusado do crime, o marido Fábio Anderson Ribeiro Andrade, 45 anos. O crime que aconteceu na segunda-feira, 3, chocou a sociedade paraense, não apenas pelo fato de ser mais um caso de feminicídio, mas também pela forma como tudo ocorreu. A vítima foi estrangulada até a morte após ter sido mantida refém pelo próprio marido. Em depoimento à polícia, a irmã de Danielle revelou que a vítima já havia sido vítima de ameaças de morte e chantagens pelo companheiro.

O crime aconteceu dentro da casa que o casal morava, na Travessa WE-9B, na Cidade Nova IX, no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Na ocasião, após matar a companheira, Fábio teria atentado contra a própria vida cortando os pulsos, mas, foi socorrido e encaminhado ao hospital. À polícia, Fábio confessou o crime.

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De acordo com a polícia, além das ameaças relatadas por Danielle à irmã, o acusado também teria chantageado a vítima envolvendo o filho do casal, para obrigar a esposa a não acabar com o casamento. Segundo informações, o menino tem 5 anos e é autista.

Segundo informações da polícia, a irmã de Danielle relatou em depoimento que a vítima teria relatado a ela que Fábio a ameaçava dizendo que ‘se encontrasse ela com alguém iria matá-la e depois tiraria a própria vida’. Ainda de acordo com a irmã da vítima, o suspeito chantageava Danielle usando o filho deles. Segundo o depoimento da irmã da vítima, por saber da condição da criança, que demanda cuidados específicos, Fábio ameaçava ficar com a guarda da criança caso ela quisesse o divórcio, usava a criança para manter a vítima perto, tentando por fim na ideia de divórcio.

“Legítima defesa”

De acordo com a polícia, Fábio compareceu na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Ananindeua, acompanhado do advogado, e permaneceu calado. Mas, segundo ele teria relatado aos parentes, Danielle supostamente teria tentado atacá-lo e, por conta disso, ele precisou imobilizá-la com um “mata-leão”, golpe que ele está acostumado a praticar, já que é faixa preta de jiu-jitsu.

O suspeito foi hospitalizado na segunda, 3, e no hospital ele teria dito para a irmã que agiu em legítima defesa, porém, as provas do crime não sustentam o que ele afirmou. Segundo ele relatou aos familiares, ele teria se defendido de Danielle quando ela partiu para cima dele e então, ele teria usado força demais. Mas, de acordo com a perícia, foram encontradas lesões no rosto de Danielle, além de uma provável fratura na mandíbula. Sendo assim, ele não teria apenas imobilizado a vítima como ele alega. Além disso, de acordo com a polícia, os agentes tentaram entrar no local do crime, mas não conseguiram, o que eles acreditam que, se as portas estavam fechadas com o casal do lado de dentro da casa, Fábio também não teria tentado sair para pedir ajuda e socorrer Danielle.

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