Operação flagra condições precárias no trabalho de mergulhadores no Pará; assista

Um operação do Ministério Público do Trabalho (MPT), Auditoria Fiscal do Trabalho e Polícia Federal (PF) flagrou embarcações em estado precário e condições degradantes no trabalho de mergulhadores no Rio Xingu, na região do município de Altamira, sudoeste do Pará. Doze balsas dragas, usadas para extração mineral de...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 13:28

Um operação do Ministério Público do Trabalho (MPT), Auditoria Fiscal do Trabalho e Polícia Federal (PF) flagrou embarcações em estado precário e condições degradantes no trabalho de mergulhadores no Rio Xingu, na região do município de Altamira, sudoeste do Pará. Doze balsas dragas, usadas para extração mineral de areia e seixo, foram fiscalizadas na operação que começou no último dia 11 de dezembro.

Segundo a PF, as irregularidades foram desde a ausência total de registro do contrato de trabalho até a ausência total de gestão de segurança e saúde, sem fornecimento de equipamento de proteção individual. As embarcações fiscalizadas não possuíam registro na Capitania dos Portos e se encontravam em estado precário, inclusive uma balsa com furo no casco e risco de naufrágio.

Nenhum dos mergulhadores encontrados nas 12 balsas inspecionadas possuía habilitação para realização de mergulho e não usavam equipamentos apropriados que garantissem sua segurança nessa atividade. Até o oxigênio utilizado pelos trabalhadores no mergulho tem procedência desconhecida. A atividade de mergulho, quando realizada de forma clandestina, pode ocasionar acidentes fatais e sequelas permanentes nos trabalhadores, como paralisia e perda auditiva.

A Auditoria Fiscal do Trabalho vai notificar as empresas responsáveis e interditar todas as balsas fiscalizadas, em decorrência das condições precárias das embarcações. A Polícia Federal deve instaurar inquéritos criminais para apurar tanto as condições degradantes a que foram submetidos os trabalhadores, quanto os crimes ambientais. O MPT aprofundará as investigações para proceder à responsabilização cível trabalhista dos infratores.

Assista:



https://twitter.com/romanewsoficial/status/1736069492818493754?s=46

Com informações da Assessoria de Comunicação Ministério Público do Trabalho