Pesquisa indica Pará como responsável por 90% do açaí produzido no país

Além do Pará, outros dois estados se destacam na produção do fruto. Levantamento realizado pela Fapespa aponta que o Estado superou a média nacional. Exportação teve reforço de índice estadual positivo. 

Publicado em 4 de julho de 2024 às 19:41

Pará lidera produção do açaí no Brasil. 
Pará lidera produção do açaí no Brasil.  Crédito: Divulgação / Agência Pará

Segundo uma pesquisa feita pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o Estado do Pará aparece como destaque na produção de açaí do Brasil. No ranking, nove municípios lideram a lista.

No ano de 2022, cerca de 90% do açaí distribuído no país inteiro foi produzido no Pará. O que equivale a 1,7 milhão de toneladas.

No aspecto de cultivo do fruto, o município de Igarapé-Miri lidera com 21,7% da produção, registrando 422,7 mil toneladas. Os municípios de Cametá, com 8%, e Abaetetuba, com 5,8%, figuram na sequência da lista.

Além do Pará, o Amazonas, com 7,4%, e Maranhão, com 1,1%, também se destacaram na produção do fruto. Ao todo, 14 estados brasileiros apresentaram participação na cadeia produtiva.

Os dados levantados pela Fapespa mostram ainda que o Estado do Pará superou a média nacional de produção fechando o ano de 2022 com 14,1%. A média nacional de produção superada foi de 13,8%. Com isso, o estado produziu mais de 217,8 mil toneladas de açaí.

Exportação teve reforço de índice positivo no Estado

O salto da exportação do fruto, entre 1999 e 2023, foi de menos de uma tonelada para 61 mil toneladas.

Em relação ao valor exportado pelo Pará, foi registrado um aumento. Também entre 1999 e 2023, os produtos saíram de US$ 1,00 para US$ 45 milhões.

No mercado internacional, os preços dos produtos derivados do açaí aumentaram em mais de 5.000%.

Censo registra crescimento em empreendimentos

O número de empreendimentos que usam o açaí como matéria-prima também cresceu no Estado, de acordo com os três últimos Censos Agropecuários.

De 13 mil registrados em 1996, o índice, em 2017, chegou a mais de 81 mil estabelecimentos, com um aumento de 533% em 22 anos.

Entre 2010 e 2022, houve crescimento de vínculo empregatícios no Estado, com o registro de aumento de 864,5% de trabalhos formais.