Sede da COP 30, mais de 200 mil habitantes vivem em condições inadequadas de esgoto em Belém, diz IBGE

A Sede da COP 30 tem mais de 200 mil habitantes vivendo em condições inadequadas com a estrutura sanitária de esgoto em Belém. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao Censo demográfico de 2022 divulgados na última sexta-feira, 23, a capital paraense segue em 10º no ranking...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 14:26

A Sede da COP 30 tem mais de 200 mil habitantes vivendo em condições inadequadas com a estrutura sanitária de esgoto em Belém. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao Censo demográfico de 2022 divulgados na última sexta-feira, 23, a capital paraense segue em 10º no ranking de capitais com os maiores percentuais da população que vivem com condições inadequadas de esgotamento sanitário.

Os dados apontam que pouco mais de 16% da população da capital se encontra nessa situação. Belém fica atrás apenas de cidades como Macapá, Porto Velho, Maceió e Manaus, que estão no topo da lista com os maiores percentuais da população com esgotamento sanitário inadequado.

Problema do lixo

O número levanta o debate para a coleta de lixo em Belém, que atualmente vem passando por uma crise no sistema de coleta de resíduos sólidos domiciliar, e mais uma vez, está entre as capitais com a maior proporção de lixo não coletada. Segundo o IBGE, Belém aparece na sétima posição, com 2,7% da população com lixo não coletado em 2022.

Várias denúncias têm sido vinculadas na mídia, onde pontos de acúmulo de lixo foram flagrados em Belém, mesmo após a assinatura da Parceria Público-Privada (PPP), que por 30 anos vai operar o sistema de coleta urbana e tratamentos de resíduo sólidos de Belém.

Novo sistema de coleta

A Ciclus Amazônia foi a vencedora da licitação para constituir uma Parceria Público-Privada (PPP) que vai administrar por 30 anos o sistema de coleta urbana e tratamento de resíduos sólidos em Belém. Serão investidos mais de R$ 700 milhões durante o período. Entre os serviços previstos, estão também a ampliação da varrição das ruas, a coleta de resíduos, além da criação de ecopontos em áreas estratégicas para recolher materiais recicláveis. O contrato também estabelece o encerramento definitivo e a recuperação ambiental do aterro sanitário do Aurá e a construção de um novo centro de tratamento de resíduos, que terá capacidade para receber mais de 2,5 toneladas de lixo por dia.No tratamento de resíduos, a empresa vai inserir 12 novas cooperativas de catadores, além de gerar mais de três mil postos de empregos na contratação de funcionários. Quando estiver operando a todo vapor, com toda a logística pronta, serão 50 ou mais caminhões coletores modernos, milhares de contêineres e lixeiras para os logradouros públicos na capital.