'Vivendo um inferno', diz esposa de morto durante troca de tiros entre bandidos e PF em Belém

Familiares do comerciante Elias Rodrigues Santana pedem respostas após morte durante troca de tiros entre assaltantes e policiais federais em um restaurante no bairro da Marambaia, em Belém. O caso aconteceu no dia 13 de abril e o , sobrinho da vítima, afirma que o disparo saiu dos agentes. O sobrinho da vítima Sérgio...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 07:03

Familiares do comerciante Elias Rodrigues Santana pedem respostas após morte durante troca de tiros entre assaltantes e policiais federais em um restaurante no bairro da Marambaia, em Belém. O caso aconteceu no dia 13 de abril e o , sobrinho da vítima, afirma que o disparo saiu dos agentes.

O sobrinho da vítima Sérgio Murilo de Santa de Santana estava almoçando com o tio quando os dois foram surpreendidos por três criminosos. Os policiais que estavam no local perceberam a ação e sacaram as armas realizando os disparos. Elias teria sido atingido com dois tiros na cabeça e um nas costas.

A esposa da vítima Ana Cristina de Oliveira Lima contou que os vídeos da câmera de vigilância do estabelecimento mostram que os federais tiveram culpa na morte de Elias. 'Dá para ver nitidamente de onde veio o primeiro tiro, que foi na nuca e logo em seguida ele, que ele já está com a cara no prato, ele pega mais outro tiro que foi nas costas. Tanto é que quando a perícia chegou lá parta tirar ele da cadeira, a blusa dele estava perfurada perto do tórax e outro perto da nuca', afirmou.

Ana teve dois filhos com Elias, sendo uma garota de 15 anos e um menino de 8 anos.

'MINHA VIDA SE TRANSFORMOU NUM INFERNO'

Durante a conversa com o Portal Roma News, Ana disse entristecida que toda família ainda sofre com a trágica morte. 'Meus filhos estão fragilizados e fazendo acompanhamento psicológico. Vivo atormentada com medo de morrer. É horrível. Ninguém quer saber como estou vivendo com meus filhos, se estão passando fome ou não. Agora sou pai e mãe. Minha vida se transformou num inferno. Um homem honesto que foi almoçar com o sobrinho e não voltou para casa', lamentou.

Além disso, ela acrescentou que, quase dois meses após a morte, ainda não recebeu o laudo cadavérico da perícia. 'Minha advogada, Francinete Souza, está realizando as devidas providências e vamos agora de Divisão de Homicídios pedir providência', esclareceu.