Após Diretoria do Círio anunciar abertura do arraial, Bombeiros divulgam nova vistoria nesta sexta-feira

O Corpo de Bombeiros realizou nesta quinta-feira, 29, a vistoria da estrutura e do parque de diversões montado no Arraial de Nazaré, no estacionamento da Basílica Santuário, em Belém. No total, 18 brinquedos passaram pelos testes de segurança da equipe dos Bombeiros. Após a vistoria, um laudo deve ser liberado ainda...

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Chrystian Machado

Publicado em 26 de junho de 2024 às 17:07

O Corpo de Bombeiros realizou nesta quinta-feira, 29, a vistoria da estrutura e do parque de diversões montado no Arraial de Nazaré, no estacionamento da Basílica Santuário, em Belém. No total, 18 brinquedos passaram pelos testes de segurança da equipe dos Bombeiros. Após a vistoria, um laudo deve ser liberado ainda hoje informando as condições técnicas do arraial.

Os Bombeiros utilizaram parâmetros como a estabilidade dos brinquedos, estrutura, aterramento para evitar descarga elétrica, calçamento, extintores de incêndio, sinalizações e outros critérios de segurança. Ao longo do dia, testes de pane elétrica foram feitos em todos os brinquedos.

Durante a tarde, a Diretoria da Festa de Nazaré garantiu que o parque de diversões do Arraial de Nazaré será aberto nesta sexta-feira (30).

No entanto, o Corpo de Bombeiros Militar (CMB/PA) explicou, por meio de nota, que o Parque de Diversões ITA possui alguns brinquedos que vão precisar de ajustes importantes para garantir mais segurança ao público. Nesta sexta-feira, 30, informa o órgão de segurança, será feita nova vistoria para avaliar as mudanças solicitadas.

'Se tudo estiver dentro da normalidade, o Centro de Diversão, no estacionamento da Basílica de Nazaré, será liberado à noite, ou então, somente os brinquedos vistoriados e considerados seguros', informou o Corpo de Bombeiros.

Arraial de Nazaré

O espaço possui cerca de 90 barracas vendendo os mais diversos itens, entre comidas, artesanatos, artigos religiosos, brinquedos, miriti, bijuterias, entre outros, e a volta do Parque ITA, com 21 brinquedos, entre eles autopista, booster, crazy dance, Evolution, Kataclisma, king loop, free style, trenó fantasma, montanha-russa e os brinquedos infantis, como carrossel. Entre as novidades estão o Chapéu Mexicano, com mais de 12 metros de altura, Fly Zone e Music Express. Em 31 anos de parceria, esta será a 29º vez que o parque participa do Círio de Nazaré. As duas vezes que não esteve presente foi no período da pandemia, em 2020 e 2021, por conta das restrições e readaptação no formato do Círio.

O parque vai funcionar, durante o período fora da quadra nazarena, de 16 às 22h, de segunda a quinta, e de 16 às 22h30, na sexta, sábado e domingo. E durante a quadra nazarena, de 7 a 24 de outubro, o horário será de 16 às 23h. O arraial ficará funcionando até o dia 27 de novembro.

História

O Arraial de Nazaré é uma tradição que começou na primeira edição do Círio de Nazaré, em 1793. Na época, consistia em uma grande feira de produtos agrícolas. O Arraial começou a ser chamado desta forma em virtude da construção das casas em volta da ermida de Plácido após o achado da imagem, aproveitando-se do grande fluxo de peregrinos que passou a ocorrer desde então. As primeiras festas de Nazaré eram realizadas no mês de setembro, época do verão amazônico, quando a intensidade de chuvas diminui. Para a realização do primeiro Círio, o governador organizou uma grande feira de produtos agrícolas vindos de diversos municípios, até mesmo providenciando transporte de pessoas e mercadorias pelos rios de lugares distantes de Belém.

Segundo pesquisadores e historiadores, no início era realizado em frente à Basílica, onde hoje está situada a Praça Santuário de Nazaré, antes chamada de Conjunto Arquitetônico de Nazaré (CAN). No entanto, com o passar do tempo, mudou de lugar e se aprimorou. Passou a ser formado por uma série de brinquedos direcionados para o divertimento dos fiéis, bem como por várias barracas de venda de artesanato, comidas típicas e outros produtos industrializados.

No entanto, o funcionamento do arraial nazareno no século XIX não se resumia à mera exposição e venda de 'produtos regionais'. Além das barracas fixas, a movimentação do público era acompanhada pelo comércio ambulante, por jogos, pelas danças coletivas negras, indígenas (lundum, chorado, cateretê, dança do bagre, mandu-sarará e bambiá) e europeias (dança das saloias e dança das camponesas), pelas apresentações musicais (normalmente apresentações de bandas) e teatrais.