Grande Rio divulga enredo que fala sobre o Pará

A Acadêmicos do Grande Rio divulgou seu enredo para o carnaval 2025 neste sábado, 25. A escola se apresenta na Marquês de Sapucaí com o enredo “Pororocas parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”, que além de trazer a cultura do estado do Pará, propõe um mergulho nas águas amazônicas. O enredo...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 15:32

A Acadêmicos do Grande Rio divulgou seu enredo para o carnaval 2025 neste sábado, 25. A escola se apresenta na Marquês de Sapucaí com o enredo 'Pororocas parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós', que além de trazer a cultura do estado do Pará, propõe um mergulho nas águas amazônicas.

O enredo tem autoria dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, em parceria com a pesquisadora convidada Rafa Bqueer. A história que será contada na avenida pelo vai fazer uma jornada mística misturando palácios, pajelanças, incensos, igarapés, encantarias e terreiros de Tambor de Mina.

O título homenageia a ancestralidade indígena. A palavra 'Parawara' quer dizer 'habitante do rio' ou 'oriundo do rio'. E 'pororoca' é 'estrondo', algo que arrebenta, voz de quem mora nos rios, que vem do fundo.

'O Carimbó está em tudo. É uma síntese cultural muito poderosa, assim como o Tambor de Mina e a Pajelança Cabocla. É uma mistura fascinante. As Belas Turcas são as mais queridas entidades da Mina paraense, influenciando o cotidiano das pessoas (tanto que a gente vê os nomes delas nas bancas de ervas e banhos de cheiro) e sendo traduzidas em letras de Carimbós. Os tambores do Carimbó são os Curimbós, que possuem nomes próprios e expressam a voz dos Encantados. Os tambores têm alma. O enredo costura isso e viaja pelo mundo do Encante, que não está ligado à morte. Quem se encanta não morreu, mas entrou em um portal e acessou um plano que coexiste com o nosso, um espelho invertido. O encantamento norteia a vida, em busca da cura. Já fomos ao espaço sideral e agora vamos ao fundo das águas!', explicou o artista Gabriel Haddad.

Todo o processo de pesquisa do enredo foi documentado em áudios e vídeo pelo cineasta paraense Vitor Souza Lima. Confira: