Projeto Cores do Pará realiza intervenção artística em elevados de Belém

Artistas visuais paraenses capacitados pelo projeto Cores do Pará e artistas convidados produzem, em Belém, dois dos maiores painéis artísticos da Amazônia, que são pintados no elevado Carlos Marighella, na Av. Almirante Barroso com a Av. Dr. Freitas, e no elevado Gunnar Vingren, na Avenida Júlio Cesar. Os painéis...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 11:27

Artistas visuais paraenses capacitados pelo projeto Cores do Pará e artistas convidados produzem, em Belém, dois dos maiores painéis artísticos da Amazônia, que são pintados no elevado Carlos Marighella, na Av. Almirante Barroso com a Av. Dr. Freitas, e no elevado Gunnar Vingren, na Avenida Júlio Cesar. Os painéis possuem temas relacionados a preservação ambiental, sustentabilidade, clima, biodiversidade e povos e comunidades tradicionais. 

A obra de personalização dos elevados está sendo realizada pela Fundação Cultural do Pará, através da Lei SEMEAR, com patrocínio da Equatorial Energia. A obra é resultado de uma collab de artistas reunidos pelo projeto, e uma ação para presentear Belém com uma explosão de cores e beleza visual às vésperas da realização da Cúpula da Amazônia na capital paraense, em agosto.

De acordo com Michelle Miranda, analista de Sustentabilidade da Equatorial Pará, a iniciativa é relevante pois, através da arte das pinturas, mensagens importantes serão repassadas tanto para os turistas que vão visitar a cidade durante os eventos internacionais quanto pra própria população de Belém. 

'A Equatorial Pará é a maior patrocinadora de cultura do estado. A empresa não poderia ficar de fora de uma ação de conscientização e arte como essa, que, ao mesmo tempo que impulsiona os artistas locais, também transmite significados importantes de preservação e meio ambiente', comenta Michelle. 

'A pintura e personalização desses dois elevados é histórica, e de suma importância para a difusão dos temas que serão debatidos durante a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025. Todos as delegações que chegarem à capital paraense serão recebidas com cores e muita alegira, e isso já começa agora em agosto, com a realização da Cúpula da Amazônia na cidade. Precisamos mostrar uma Belénnaravilhosa, com perspectivas de um futuro sustentável', afirma André Monteiro, produtor cultural e coordenador do Cores do Pará,

Dentre os artistas participantes estão mulheres, indígenas, LGBTQIA+, pessoas pretas e moradores das periferias de Belém, valorizando a inclusão e a diversidade na produção de arte na capital do estado.

And Santos, artista visual paraense que coordena a execução dos painéis destaca: 'essa obra está sendo um dos maiores desafios de minha carreira, mas é uma grande felicidade contribuir para dar novas cores à Belém, que hoje está precisando de um boom de artes. Espero que a  COP 30 seja propulsora de um novo futuro para a capital de nosso estado, onde a arte sejá sempre uma prioridade'.

And Santos é autodidata, paraense nascido no município de São Caetano de Odivelas. As obras de And Santtosforam influenciadas pela estética realista e surrealista no meio da arte plástica e do graffiti. O artista tem participado de várias atividades, como projetos sociais, oficinas, exposições, coletivos de pintura, música e graffiti, palestras e debates sobre expressões visuais. Participou de uma das maiores exposições ao ar livre 'Cowparade', realizado em Belém do Pará, da 'VII Bienal de Cultura Lusófonas em Portugal' e do 'Fórum de Artes Contemporânea em Odivelas-Portugal'. Seus trabalhos em telas também estão representados, no Amapá, Ceará, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Ficou conhecido pelo estilo poético e colorido, cravado em seus painéis e telas que retratam de maneira original o imaginário popular. Criou seu próprio conceito e estilo, o 'Odivelismo'. 

Ursula Vidal, secretária de cultura do Estado do Pará destaca a importância da obra de personalização dos elevados para a capital paraense. 'Belém está se preparando pra receber o maior evento da agenda ambiental do planeta, em 2025. E já viveremos um 'esquenta' na Cúpula dos países Amazônicos, agora em agosto. Como a arte é um importante campo de salvaguarda, de comunicação e educação para a sustentabilidade, essa ideia de intervir visualmente nos espaços e equipamentos, com a temática da sociobiodiversidade, integra a paisagem urbana aos debates que estão na pauta do dia. O muralismo é uma arte que se expressa em grandes suportes e o trabalho do Projeto Cores do Pará já está repercutindo intensa e positivamente na percepção da população que passa pelos dois viadutos. É uma mensagem da Amazônia para o mundo. E queremos expandi-la para mais espaços de Belém!', comentou.

SOBRE O PROJETO CORES DO PARÁ

O Cores do Pará é um projeto de capacitação em artes visuais, com foco em arte popular urbana (grafite e muralismo), voltado para crianças e jovens participantes de projetos sociais de Belém e de outras cidades paraenses. É uma realização da Fundação Cultural do Pará, através da Lei Semear, com o patrocínio da Equatorial Pará.