O ano de 2022 não saiu do jeito que Remo e Paysandu queriam na principal competição do calendário. Pela primeira vez, o Brasileirão da Série C foi disputado em um formato misto, com uma primeira fase de pontos corridos, onde todos jogaram contra todos, e os oito melhores avançaram para formar dois quadrangulares. Além de Leão e Papão, a competição deste ano contou com outros clubes tradicionais do futebol brasileiro, como Figueirense, Vitória, ABC, Botafogo da Paraíba, Botafogo de Ribeirão Preto e Confiança.
Para chega bem na briga por uma das quatro vagas na Série B de 2023, o Paysandu ousou a fazer um investimento pesado desde o começo da temporada. Nomes como Ricardinho e Marcelo Toscano desceram no Estádio Banpará Curuzu para integrar o elenco bicolor. Tudo sob o comando do técnico Márcio Fernandes. Já do lado azulino, a filosofia de ter um time “barato” no estadual e outro “mais caro” na Série C foi mantida. Para o campeonato nacional, chegaram jogadores como o atacante Rodrigo Pimpão, ex-Vasco e Botafogo.
No entanto, somente o Paysandu conseguiu ter êxito – em parte – na estratégia montada. Durante o Brasileirão da Série C, o Papão raramente saiu do G8 – zona de classificação à segunda fase -, diferente do Remo, que conviveu com diversos problemas ao longo da competição. Além de jogadores que não renderam, o Leão ainda teve uma troca de treinador no meio do campo: Paulo Bonamigo saiu e Gerson Gusmão chegou em uma polêmica transação com o Botafogo da Paraíba.

Ao final da primeira fase, o Paysandu, que havia garantido a vaga ao quadrangular de forma antecipada, passou como segundo colocado e com a mesma pontuação do líder Mirassol. Por sua vez, o Remo, que na penúltima rodada estava dentro do G8, acabou ficando de fora e sendo eliminado de forma precoce com uma derrota para o Botafogo de Ribeirão Preto, que garantiu a vaga na segunda fase.
Mais um ano, Papão…
No quadrangular que valia o acesso à Série B de 2023, o Paysandu voltou a encontrar os mesmos problemas dos últimos três anos. Mesmo chegando em alta à fase decisiva da competição, o Papão não engrenou e acabou sendo uma presa fácil para os adversários. Segundo colocado na primeira fase, a equipe bicolor caiu no “grupo da morte” do quadrangular, ao lado de ABC, Vitória e Figueirense.
Logo de cara, o primeiro confronto bicolor foi em solo baiano contra o Vitória. Com um jogador a menos desde o início do jogo, quando Mikael foi expulso aos 10 minutos, o Paysandu teve a chance de matar o jogo no segundo tempo com Danrlei. De cara com o goleiro, ele acabou perdendo. Minutos depois, o Vitória marcou e venceu a partida.

Na sequência, o Paysandu acabou amargando mais duas derrotas. Na Curuzu, vitória por 1 a 0 do ABC. Em seguida, o mesmo placar em Florianópolis para o Figueirense. E o Paysandu segurava a lanterna do Grupo C…
A esperança bicolor seguiu viva na quarta rodada. Em Belém, vitória por 1 a 0 em cima do Figueirense e a chance matemática de garantir o acesso à Série B. Porém, uma semana depois, jogando em Natal, no Rio Grande do Norte, o Paysandu acabou vendo o ABC vencer por 1 a 0 e comemorar o acesso de divisão. Na saideira da competição, empate em 1 a 1 com o Vitória dentro do Estádio Banpará Curuzu.