Apple retira comercial e pede desculpas após reações negativas; assista

A Apple enfrentou uma forte reação negativa na última semana devido a um comercial lançado para promover o novo iPad Pro. O anúncio, que mostrava uma prensa industrial esmagando diversos objetos culturais, foi considerado insensível e ofensivo por muitos consumidores. O comercial, com 1 minuto e 8 segundos de duração, exibia itens como um piano,...

Publicado em 15 de maio de 2024 às 10:31

A Apple enfrentou uma forte reação negativa na última semana devido a um comercial lançado para promover o novo iPad Pro. O anúncio, que mostrava uma prensa industrial esmagando diversos objetos culturais, foi considerado insensível e ofensivo por muitos consumidores.

O comercial, com 1 minuto e 8 segundos de duração, exibia itens como um piano, tubos de tinta, bonecos articulados, argila semi-modelada, toca-discos, violão e livros sendo esmagados, enquanto tocava a música 'All I Ever Need Is You' de Sonny & Cher. O clipe gerou indignação, com críticas de que a Apple estaria desrespeitando a criatividade, um dos valores centrais da empresa. Entre os críticos, o ator Hugh Grant expressou sua desaprovação nas redes sociais.



https://youtu.be/ntjkwIXWtrc

A resposta negativa foi tão intensa que, apenas dois dias após o lançamento do comercial, na quarta-feira (8 de maio de 2024), a Apple pediu desculpas publicamente e retirou o anúncio do ar.

Hugh Grant escreveu no X (Twitter): 'A destruição da cultura humana. Cortesia do Vale do Silício'. O escritor britânico Hari Kunzru também criticou o comercial, dizendo: 'Esmagar os símbolos da criatividade humana para produzir uma marca homogeneizada em bloco diz muito sobre a indústria tecnológica em 2024'. O fotojornalista Tyler Stone, indicado ao prêmio Emmy, acrescentou: 'A mensagem que vocês estão enviando é que as tradicionais ferramentas de criatividade estão obsoletas –e, por extensão, aqueles que usam elas'.

O incidente levantou questões sobre a direção da Apple, que recentemente perdeu o posto de empresa mais valiosa do mundo para a Microsoft, com um valor de mercado de US$ 2,89 trilhões contra os US$ 2,63 trilhões da Apple. A crítica ao comercial sugere uma desconexão da empresa com seu público tradicional, composto por músicos, ilustradores e cineastas que ajudaram a construir sua imagem.

A reação ao anúncio foi comparada a um episódio semelhante em 1984, quando a Apple lançou um comercial icônico dirigido por Ridley Scott para o lançamento do Macintosh, baseado no livro '1984' de George Orwell, que se tornou um marco na história da publicidade.

O atual comercial do iPad Pro foi visto como um sintoma da crise de identidade da Apple, que parece estar perdendo o controle sobre a percepção de sua marca. A publicidade, em vez de destacar as características inovadoras do produto, gerou um efeito contrário, afastando consumidores leais e gerando críticas ferozes.

Para muitos, a Apple está se afastando de suas raízes como uma empresa 'diferente', 'rebelde' e 'antissistema', uma imagem que foi cultivada durante anos por seu fundador, Steve Jobs, e que agora parece estar em risco.

Com informações do Poder 360