Dólar atinge maior patamar em um ano pela segunda vez, fechando em R$ 5,26

O dólar registrou uma alta expressiva de 1,64% nesta terça-feira, 16, fechando cotado a R$ 5,26, o que representa o maior patamar em mais de um ano. Este valor não era alcançado desde março de 2023. No dia anterior, segunda-feira, 15, a moeda americana já havia apresentado uma elevação significativa, com valorização de 1,24%, atingindo...

Publicado em 16 de abril de 2024 às 18:07

O dólar registrou uma alta expressiva de 1,64% nesta terça-feira, 16, fechando cotado a R$ 5,26, o que representa o maior patamar em mais de um ano. Este valor não era alcançado desde março de 2023. No dia anterior, segunda-feira, 15, a moeda americana já havia apresentado uma elevação significativa, com valorização de 1,24%, atingindo R$ 5,18.

Um conjunto de fatores tem contribuído fortemente para a valorização do dólar em relação ao real, com três deles se destacando nos últimos dias.

Conflito no Oriente Médio:No sábado, 13, o ataque do Irã a Israel intensificou o conflito no Oriente Médio, gerando apreensão nos mercados globais. O temor reside na possibilidade de aumento no preço do petróleo, o que poderia afetar os preços globais e as perspectivas de inflação.

Desempenho do varejo nos EUA:Também na segunda-feira, 15, dados sobre o desempenho do varejo nos Estados Unidos foram divulgados, revelando um crescimento de 0,7% em março, superando as expectativas de apenas 0,3%. Esse resultado indica que a economia americana permanece forte, diminuindo as chances de queda dos juros a curto prazo.

Ajustes fiscais no Brasil:Além disso, na segunda-feira, o governo federal anunciou a mudança na meta fiscal para 2025, passando de um superávit primário de 0,5% para uma previsão de saldo zero, com eventual déficit de 0,25%. Essa medida, somada à situação fiscal complicada do Brasil, contribui para uma pressão adicional sobre o câmbio.

Segundo o economista Emerson Marçal, da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), embora a apreciação do dólar seja comum a todas as moedas, o Brasil tende a ser mais impactado devido à sua situação fiscal. Marçal destaca que o governo sinaliza uma postergação do ajuste fiscal, o que aumenta a pressão sobre a moeda nacional.

Com informações do Metrópoles