Embaixada da Hungria demite funcionários brasileiros após vazamento de hospedagem de Bolsonaro

A Embaixada da Hungria no Brasil demitiu, nesta semana, dois funcionários brasileiros que prestavam serviços ao órgão. Um dos atingidos trabalhava como secretário do embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai; o outro, como encarregado de manutenção geral. As demissões acontecem uma semana após o jornal ‘The...

Publicado em 3 de abril de 2024 às 14:03

A Embaixada da Hungria no Brasil demitiu, nesta semana, dois funcionários brasileiros que prestavam serviços ao órgão. Um dos atingidos trabalhava como secretário do embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai; o outro, como encarregado de manutenção geral.

As demissões acontecem uma semana após o jornal 'The New York Times' revelar, em reportagem, que o ex-presidente Jair Bolsonaro passou dois dias hospedado na embaixada em Brasília dias antes do passaporte de Bolsonaro ser apreendido pela Polícia Federal. A reportagem exibiu vídeos do circuito interno da Embaixada da Hungria em Brasília que mostram Bolsonaro chegando e saindo do prédio. Os vídeos não foram divulgados oficialmente pelo governo húngaro.

Pelo direito internacional, embaixadas são invioláveis pela polícia local. Ou seja: enquanto está numa embaixada de outro país, o cidadão não pode ser alvo de busca ou prisão por autoridades locais. Além dos dois funcionários demitidos sem justificativa formal, outros cinco brasileiros trabalham na embaixada: um motorista, dois faxineiros e dois jardineiros.

No entanto, os demitidos tinham acesso em tempo real ao sistema de vigilância. O material gravado ficava gravado em uma sala que não era trancada, embora o acesso às gravações exija senha.