Peter Ilicciev/Fiocruz
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Fiocruz detecta fungo inédito que pode levar à morte em missão na Antártica

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Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram, pela primeira vez na Antártica, a presença do fungo Histoplasma capsulatum, que causa a histoplasmose, uma doença que pode acometer os pulmões e levar à morte. Embora a doença seja considerada global, ela não é encontrada com tanta incidência em locais de temperaturas baixas.

Os achados inovadores foram publicados na revista Emerging Infectious Diseases (EID journal), dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, em um dos primeiros artigos científicas do projeto Fioantar, da Fiocruz no continente. O artigo afirma que “Esta descoberta destaca a necessidade de vigilância sobre agentes emergentes de micoses sistêmicas e sua transmissão entre regiões, animais e humanos na Antártica”, diz.

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Embora seja uma doença cosmopolita de impacto global, a histoplasmose tem maior prevalência nas Américas, sendo pouco observada em áreas de clima frio. De acordo com os especialistas, a presença de Histoplasma sp. no continente antártico levanta questões como, por exemplo, quando teria chegado ao continente e se sua detecção estaria relacionada às mudanças climáticas.

“As possibilidades são muitas. Ele pode ter sido levado por aves ou outros animais recentemente. Ou pode ser que já estivesse lá desde a separação dos continentes, e se adaptou às diversas mudanças climáticas sofridas pelo continente. A Antártica antes era uma região tropical. O continente esfriou em passado geológico recente”, afirma Luciana Trilles, pesquisadora do Fioantar e do Laboratório de Micologia do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), autora correspondente do artigo.

Primeiro autor do artigo e pesquisador do Fioantar e do Laboratório de Micologia do INI/Fiocruz, Lucas Machado Moreira não descarta o papel do aquecimento global na descoberta inovadora:

“A presença deste fungo na Antártica pode datar de milhares de anos, contudo o impacto das alterações climáticas colabora tanto para o aumento das áreas sem cobertura de gelo, expondo solos até então congelados, como também influenciam o deslocamento de massas de ar, nível de precipitação de neve sazonal e a migração dos animais, fatos que colaboram para a dispersão de microrganismos pelo mundo”, afirma.

Com informações da CNN Brasil

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