Governo argentino ameaça retirar benefício social de manifestantes de rua; assista

Pela segunda vez, uma grande manifestação contra as políticas de reajuste fiscal do governo argentino será realizada. O próximo protesto será realizado nesta quarta-feira, 20. Nesta semana, uma representante do governo de Javier Milei, presidente da Argentina, fala sobre restrições a pessoas que compareçam a...

Publicado em 19 de dezembro de 2023 às 08:50

Pela segunda vez, uma grande manifestação contra as políticas de reajuste fiscal do governo argentino será realizada. O próximo protesto será realizado nesta quarta-feira, 20. Nesta semana, uma representante do governo de Javier Milei, presidente da Argentina, fala sobre restrições a pessoas que compareçam a protestos. A ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, ameaçou cortar o benefício social de protestantes e criticou bloqueios de ruas: 'Protestar é um direito, (mas) também é um direito respeitar a livre circulação de indivíduos', enfatizou Pettovello. 'Quem promover, instigar, organizar ou participar de piquetes perderá todo tipo de diálogo com o Ministério do Capital Humano', completou.



Logo no início do governo Milei, a ministra de Segurança Pública, Patricia Bullrich, anuncou uma série de medidas contra manifestações. Uma delas proíbe a presença de crianças nesses protestos.

'Bolsa Família' ArgentinaDesta vez, Pettovello também critica mães que comparecerem às manifestações junto aos filhos e, logo depois, desestimula a participação com base nisso. 'É desnecessário expô-los ao calor e violência das manifestações', afirma.

E completou: 'Para ser clara, os únicos que não vão receber os benefícios [sociais] são aqueles que vão à marcha e bloqueiam a rua', completa. Ela termina o pronunciamento reafirmando que eles enfrentam a situação deixada pelo governo anterior, e uma expectativa de dobrar o abono infantil universal, além de aumentar o cartão alimentação em 50%.

As manifestações desta quarta são organizadas e convocados pelos movimentos Unidad Piquetera e Polo Obrero, em reação à política fiscal anunciada pelo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo. Lá, manifestantes são apelidados de 'piqueteros'.