Após confirmar 2.293 casos confirmados de varíola dos macacos no Brasil, o Ministério da Saúde determinou nível máximo de alerta para lidar com a transmissão do vírus e lançou o Plano de Contingência Nacional para Monkeypox, onde o Ministério da Saúde cita que há três níveis classificação da emergência de saúde. Neste momento, a pasta adotou o último grau para responder à varíola dos macacos no país.
No atual nível de alerta, a doença é considerada uma “ameaça de relevância nacional com impacto sobre diferentes esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), exigindo uma ampla resposta governamental”. Logo, o governo já está avisando a todos os órgãos que a monkeypox precisa de atenção máxima.
A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com os casos atuais, o perfil dos pacientes infectados são homossexuais ou homens que fazem sexo com homens (HSH), o que leva especialistas a desconfiarem de uma possível contaminação por via sexual, mas além disto, há alto risco pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), “qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados”. Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem.
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação, mas em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados. Para a OMS, a condição não é considerada grave, pois a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano.
“Este evento constitui uma situação de excepcional gravidade, podendo culminar na declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin)”, informou o Ministério da Saúde no plano de contingência. Logo, devido aos casos confirmados no país, a incidência de transmissão comunitária e a falta de remédios para tratar a doença, a pasta decidiu estabelecer o nível máximo de alerta.
Com informações do Metrópoles