As pílulas abortivas foram autorizadas pelo Ministério da Saúde do Japão na última sexta-feira, 28. Embora o aborto seja legal no país desde 1948, até 22 semanas de gestação, geralmente requer o consentimento do cônjuge ou do companheiro. Além disso, o procedimento cirúrgico era, até agora, a única opção disponível.
Em um comunicado enviado ao setor de saúde, o ministério anunciou que havia aprovado a pílula do laboratório britânico Linepharma. A empresa farmacêutica havia protocolado um pedido de autorização de sua pílula abortiva no Japão em dezembro de 2021.
O tratamento combina a mifepristona (ou RU 486) que permite interromper o desenvolvimento da gravidez por atuar sobre o hormônio progesterona e o misoprostol , tomado um a dois dias depois, o que desencadeia contrações e sangramento.
Este método é autorizado em muitos países, incluindo os Estados Unidos, desde 2000, e a França, desde 1988. Sua aprovação no Japão para interromper uma gravidez de até nove semanas segue o conselho de um comitê ministerial, após longas discussões.
No entanto, segundo a televisão pública NHK, o custo total da pílula abortiva e de uma consulta médica será de cerca de 100.000 ienes (€ 669 ou cerca de R$ 3.700). A interrupção da gravidez não será reembolsada pelo seguro de saúde.
Ativistas no Japão também estão fazendo campanha por maior acesso à pílula do dia seguinte, que previne a gravidez. Atualmente, o medicamento não pode ser comprado sem a aprovação de um médico, não é coberto pelo seguro de saúde e é o único remédio que deve ser tomado na frente do farmacêutico, para evitar o mercado ilegal.
Com informações do G1