Mãe grava maus-tratos de funcionárias de creche contra criança autista; ouça

A mãe de um menino autista de 5 anos registrou um boletim de ocorrência após registrar uma professora e a auxiliar dela praticando maus-tratos com a criança. Nos áudios, a professora e a auxiliar incentivam outras crianças a bater no menino. O caso aconteceu em São Paulo. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada...

Publicado em 1 de julho de 2024 às 18:49

A mãe de um menino autista de 5 anos registrou um boletim de ocorrência após registrar uma professora e a auxiliar dela praticando maus-tratos com a criança. Nos áudios, a professora e a auxiliar incentivam outras crianças a bater no menino. O caso aconteceu em São Paulo.

Até o momento, ao menos outras quatro mães de aluno afirmam que seus filhos também foram vítimas de maus-tratos na instituição de ensino. Entre as vítimas, há uma menina autista, de 3 anos.

Desconfiança

O filho da autônoma começou a estudar na escola particular no início deste ano. garoto é autista e, por causa da neurodiversidade, ainda não fala. Porém, Daiane percebeu que o menino passou a resistir para ir à escola.

Desconfiada, ela resolveu ocultar um gravador, na mochila do garoto. Quando a criança voltou para casa, ela confirmou que o filho era vítima de maus-tratos.

'Ao ouvir as gravações, pude identificar a voz da professora Diani chamando (o menino) de ‘porco nojento’ e também orientando outros alunos a ignorar e também a agredi-lo'.

O gravador ainda registrou a auxiliar de classe, identificada como Jeniffer, também xingando e gritando com a criança.

Diante das provas da violência sofrida pelo menino, a mãe deixou de levá-lo à escola em 14 de junho. Em decorrência do trauma, que atingiu toda a família, ela chegou a jogar o uniforme da criança no lixo.

Protesto e ameaça

Na manhã desta segunda-feira, 1, cinco mães de alunos organizaram um protesto, em frente à escola para chamar a atenção sobre casos de maus tratos sofridos pelos filhos, segundo elas, na instituição.

Porém, durante a manifestação, o marido da proprietária da escola teria ameaçado as mulheres, como consta em um boletim de ocorrência de ameaça, registrado no 69º DP.

No momento em que registraram o BO, as mulheres aproveitaram para formalizar denúncias de maus-tratos contra a instituição de ensino.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo foi procurada, para enviar atualizações sobre as investigações. Até o momento, nenhum posicionamento foi encaminhado.

Com informações do Metrópoles