Publicado em 17 de setembro de 2022 às 10:20
Quando se fala em emagrecimento, o método mais tradicional para perder peso é realizar o déficit calórico, com uma alimentação variada e rica em nutrientes, além da realização de práticas regulares de exercícios físicos. Porém, apesar de a fórmula parecer simples, não é nada fácil chegar ao resultado esperado.
Para auxiliar pessoas com obesidade que não conseguem diminuir o peso, descobriu-se que alguns medicamentos pensados inicialmente para pacientes com diabetes podem ajudar a controlar a fome e reduzir a quantidade de comida ingerida.
No Brasil, apesar de ainda não ter indicação específica para sobrepeso, o Ozempic (semaglutida) é a opção mais popular. Porém, o Mounjaro (tirzepatida) aguarda autorização da Anvisa para entrar no mercado e também mostra bons resultados nos estudos clínicos feitos com pessoas obesas.
Ambos são medicamentos promissores tanto para melhorar a saúde metabólica, proporcionar a perda de peso e reduzir o nível de açúcar no sangue, quanto para prevenir eventos cardiovasculares, entre eles o ataque cardíaco e o acidente vascular cerebral (AVC).
Mas qual é a diferença entre os dois remédios? O médico endocrinologista Bruno Babetto, especialista em metabologia, explica o que é preciso saber sobre o Ozempic e o Mounjaro antes de iniciar qualquer tipo de tratamento. Confira:
Na prática, os endocrinologistas têm prescrito a semaglutida também para tratar pacientes com sobrepeso ou obesidade – uma doença crônica que abre portas para vários outros problemas, como pressão alta, diabetes, colesterol e triglicérides altos, gordura no fígado, doenças cardíacas, apneia do sono e até câncer.
A medicação ainda não é recomendada oficialmente no Brasil para o tratamento de obesidade ou perda de peso. Mas, de acordo com Babetto, nos Estados Unidos os fármacos com a substância ativa semaglutida já são aprovados para uso por pessoas obesas ou com sobrepeso, que não são, necessariamente, diabéticas.
O médico acredita que o uso para as mesmas finalidades pode ser aprovado em breve no Brasil, pois estudos comprovam que o medicamento leva a uma redução de até 15% do peso corporal de pacientes com sobrepeso e obesidade ao longo de um ano e meio.
Fonte: Metrópoles.