Pai de homem que tentou matar Cristina Kirchner desabafa: 'foi uma atrocidade'

Em entrevista do portal Metrópoles divulgada na última terça-feira, 6, o pai de Fernando Andrés Sabag Montiel, 35 anos, o brasileiro que tentou matar a ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, repudia a atitude do filho e declara não saber o que motivou o ato do filho, mas que a família...

Publicado em 7 de setembro de 2022 às 07:16

Em entrevista do portal Metrópoles divulgada na última terça-feira, 6, o pai de Fernando Andrés Sabag Montiel, 35 anos, o brasileiro que tentou matar a ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, repudia a atitude do filho e declara não saber o que motivou o ato do filho, mas que a família está assustada com a repercussão do caso: 'Esta situação está abalando a saúde de todos nós, que não temos nada a ver com a atitude dele, foi uma atrocidade, afirma Fernando Ernesto Montiel Araya, 64.

Ernesto é chileno e morou no Brasil, onde conheceu uma argentina, mãe de Andrés. Ele tambem cita que perdeu o contato com o filho quando Andrés tinha 3 anos de idade. Depois, aos 6 anos, ele a mãe se mudaram para a Argentina:: 'Desde então, nunca mais o vi', contou Ernesto. O homem continuou no Brasil e teve filhos com outras mulheres.

Entre os anos de 2008 e 2010, o pai de Andrés chegou a morar em estados como Distrito Federal, Goiás e São Paulo O resto do tempo em que esteve no Brasil, residiu em São Paulo (SP). Já entre os anos de 2001 e 2014, Ernesto cometeu crimes de furto, estelionato e falsificação de documentos, o que o levou a ter a prisão preventiva decretada e ficou detido por quase um ano, anos depois, a Polícia Federal instaurou inquérito, que resultou na deportação do estrangeiro, em 2020.

Ele destaca que ficou perplexo com o que aconteceu: 'Ele sabe a atrocidade que causou e o que fez para nossa família' destacando que sua família sofre as consequências das atitudes do filho: 'Estão incomodando minha família e, principalmente, minha mãe, que é uma senhora de 87 anos, já com a saúde debilitada. Estão incomodando por saber do meu filho. Quem dera minha mãe sequer soubesse do meu filho', disse o chileno.

Outra preocupação do homem seria com a educação dos irmãos de Andrés, que moram no Brasil: 'O Brasil é minha segunda pátria. Não quero que meus filhos que moram no Brasil tenham problemas na escola', citando que 'Esta situação está abalando a saúde de toda a minha família, que não tem nada a ver com a atitude que o Andrés tomou', disse.

Ele tenta fazer uma reflexão e diz que 'Para todos os brasileiros, digo que ele não tomou essa atitude por culpa dos pais', embora tenha dito que se tivesse sido um pai presente, Andrés não teria protagonizado um atentado contra uma chefe de Estado: 'Não fui um pai presente, lamento. Isso (entrar em contato com Andrés) também era o que eu mais gostaria de fazer. Agora não sei quanto tempo vai passar para eu encontrar meu filho novamente e entender o que aconteceu', destacou.

Ao ser questionado sobre os crimes que cometeu no Brasil e uma possível influencia ao filho, o homem admitiu ter cometido erros. 'As coisas erradas que cometi, enfrentei na Justiça. Meus erros estão no passado, mas não posso ser julgado por algo que meu filho fez. Se soubesse que ele queria fazer isso, teria dado um bom castigo nele', afirmou Ernesto.

Com informações do Metrópoles