Pesquisadores brasileiros recebem material biológico para produção de vacina contra varíola dos macacos

No início desta semana, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) receberam material biológico para iniciar a fabricação nacional de vacinas contra a varíola. As amostras que chegaram na última segunda-feira, 5, são do vírus MVA, usado na Europa na década de 1970 como o imunizante que ajudou a...

Publicado em 7 de setembro de 2022 às 07:30

No início desta semana, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) receberam material biológico para iniciar a fabricação nacional de vacinas contra a varíola.

As amostras que chegaram na última segunda-feira, 5, são do vírus MVA, usado na Europa na década de 1970 como o imunizante que ajudou a erradicar a varíola humana.

Os cientistas acreditam que o desenvolvimento da vacina, conforme o planejado, pode ajudar a proteger contra a Varíola dos Macacos. O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou o material para o Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) da universidade, uma referência em desenvolvimento de testes de diagnósticos e de vacinas.

No plano oficial, o procedimento prevê a multiplicação da quantidade de vírus em células de galinhas. Desta forma, as sementes do vírus vacinal vão permitir o desenvolvimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para a produção dos imunizantes.

Coordenador do CT Vacinas, o virologista Flávio da Fonseca afirmou que essa vacina nunca foi produzida no país: 'Nós vamos desenhar os processos para a produção dessa vacina viral, porque o Brasil nunca a produziu antes. Vamos fazer os processos todos aqui em pequena escala, determinar os parâmetros necessários para o cultivo e para a amplificação desse vírus. Quando os dados forem gerados, vamos passar essa receita para a Bio-Manguinhos (Fiocruz), que vai conseguir escalonar em grande quantidade em condição de fabricação', explicou.

Se tudo ocorrer como o previsto, a vacina nacional contra a varíola pode ficar pronta em até três meses.

Com informações do G1