PF pede afastamento de Ramagem por uso paralelo da Abin e STF nega

A Polícia Federal (PF) fez um pedido de afastamento para deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), enquanto é investigado se ele usou a estrutura da instituição para atender a interesses pessoais e políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, o...

Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 18:32

A Polícia Federal (PF) fez um pedido de afastamento para deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), enquanto é investigado se ele usou a estrutura da instituição para atender a interesses pessoais e políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, negou o pedido.

A PF afirmou que a agência, sob a gestão de Ramagem, 'estava a serviço, em verdade, do extrato político nacional', defendendo o pedido de afastamento. Para os investigadores, a instituição foi loteada com aliados do governo, que formariam uma espécie de 'estrutura paralela'. O deputado teria 'incentivado e acobertado' o suposto esquema de espionagem, conforme a PF.

A Procuradoria-Geral da República foi contra o afastamento de Ramagem. Paulo Gustavo Gonet Branco, procurador-geral da República, argumentou que o mandato parlamentar deve ser resguardado e que, como o deputado não está mais na gestão da Abin, não há motivo para afastá-lo da Câmara.

Alexandre de Moraes manteve Ramagem, mas sete policiais federais que, durante o governo Bolsonaro, estavam cedidos à Abin foram afastados do trabalho por determinação do STF.

Os endereços do deputado foram alvos de busca e apreensão nesta quinta-feira, 25, na chamada Operação Vigilância Aproximada, Foram apreendidos computadores, documentos e pendrives na casa e no gabinete do deputado.

Com informações do Uol