Reconstituição do assassinato do lutador Leandro Lo será feita nesta quarta-feira

A reconstituição do assassinato do octacampeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo será feita nesta quarta-feira, 31, segundo informações da defesa do suspeito, o policial militar Henrique Otávio de Oliveira Velozo. No dia do crime, Leandro foi baleado na cabeça durante um show no Clube Sírio, em São Paulo, na madrugada...

Publicado em 31 de agosto de 2022 às 09:13

A reconstituição do assassinato do octacampeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo será feita nesta quarta-feira, 31, segundo informações da defesa do suspeito, o policial militar Henrique Otávio de Oliveira Velozo. No dia do crime, Leandro foi baleado na cabeça durante um show no Clube Sírio, em São Paulo, na madrugada de 7 de agosto. Porém, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a Polícia Civil ainda não passou nenhuma confirmação de data para a reconstituição.

Leandro Lo tinha 33 anos de idade e, além dos oito campeonatos mundiais, foi campeão nos torneios sul-americano, Copa Mundial e nos campeonatos pan-americano, brasileiro e europeu.

Relembre o caso

Testemunhas relatam que o lutador de jiu-jítsu estava com cinco amigos no clube, quando o policial, que também é praticante de artes marciais, se aproximou e começou a provocar o grupo, pegando as bebidas que estavam na mesa. Leandro reagiu e pediu que ele deixasse o local.

O advogado da família de Leandro, Ivã Siqueira Júnior, alega que durante a discussão, o lutador foi 'peitado' pelo PM, por isso o imobilizou com técnicas de jiu-jítsu. Após se afastar, o policial sacou uma arma e atirou. Ele também destaca que testemunhas relataram que o agressor teria chutado duas vezes a cabeça de Leandro, que já estava caído no chão, desacordado.

O atleta foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo, mas não resistiu e teve a morte cerebral declarada na manhã de domingo, 7 de agosto. Após o crime, Velozo foi a uma boate, consumiu bebidas e saiu acompanhado de uma mulher, a qual ele levou a um motel da capital paulista.

Prisão preventiva

A polícia decretou a prisão preventiva do PM, que se apresentou à Corregedoria da Polícia Militar no mesmo dia, sendo conduzido a uma delegacia para prestar depoimento. Porém após a audiência de custódia, feita no dia 8 de agosto, a Justiça decidiu manter a prisão temporária de 30 dias. Na sequência, ele foi encaminhado ao presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo, onde permanece preso.

Henrique foi indiciado por homicídio por motivo fútil. O caso segue em investigação. Porém, de acordo com informações anteriores, em 2021, Velozo foi condenado a nove meses de prisão em regime aberto após ter se envolvido em um desentendimento em uma casa noturna. O caso aconteceu em 2017.

Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada após o agente ter se envolvido em uma briga. De acordo com a sentença, ele estava 'nervoso e exaltado, dificultando o trabalho dos militares'. Em determinado momento da abordagem, ele desferiu um soco no braço de um dos agentes e tentou acertá-lo no rosto.

Com informações da CNN Brasil