Na última quarta-feira, 10, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Raul Araújo, determinou a exclusão de vídeos publicados no YouTube onde o ex-presidente Lula (PT) chama o presidente Jair Bolsonaro (PL) de genocida. As gravações são referentes a um discurso realizado por Lula no dia 20 de julho deste ano, em Garanhuns, no estado de Pernambuco.
Araújo atendeu a um pedido feito pelo PL, atual partido de Bolsonaro. A sigla alegou que as falas de Lula foram uma “imputação grosseira, rude e desinibida, individual e direta, de crime de genocídio” ao atual presidente e que a declaração do petista esteve permeada “de robustas irregularidades éticas e jurídicas”.
Em um dos trechos citados na ação, Lula afirma que “o genocida acabou com o Minha Casa Minha Vida” e destaca que promete retomar o programa habitacional caso seja eleito “A gente não imaginava o Minha Casa Minha Vida. O genocida acabou com o Minha Casa Minha Vida e prometeu Casa Verde e Amarela. Eu quero dizer pra ele que vocês vão ganhar essas eleições pra mim, e que nós vamos voltar, nós vamos voltar, e que nós vamos voltar a fazer o Minha Casa Minha Vida, mas cada um vai pintar da cor que quiser”, disse.
Na decisão, Araújo afirma que foi possível detectar no discurso de Lula “aparente ofensa à honra e à imagem” de Bolsonaro e que “É plausível a tese do representante de que o trecho do discurso proferido pelo representado e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento no dia 20.7.2022, em Garanhuns/PE, primo ictu oculi, pode ter configurado o ilícito de propaganda eleitoral extemporânea negativa, por ofensa à honra e à imagem de outro pré-candidato ao cargo de presidente da República”.
Com informações do Pleno News