Após uma denúncia anônima, uma mulher de 32 anos e filho dela, de 4, foram resgatados de uma situação de cárcere privado neste final de semana. O caso aconteceu em Peruíbe, no litoral de São Paulo.
De acordo com a Polícia Militar, eles tinham vários hematomas pelo corpo e o suspeito seria um “amigo” da mulher. A corporação cita que a mãe e o filho viviam acorrentados e trancados em uma casa. Além disso, a mulher teria sido agredida e corria risco de morte.
Ao chegarem no endereço, os policiais ouviram gritos de socorro e a equipe pulou o muro do imóvel para prestar ajuda. A porta estava trancada com cadeado e a vítima reclamava de dores nas costelas, dor de cabeça, vômito e sangramento na urina.
A vítima relatou à polícia que está há cerca de 30 dias na cidade e que o ‘amigo’ chamado Robenilson Silva Oliveira, de 37 anos, ofereceu moradia até que conseguisse pagar um aluguel. Antes, ela morava em outro bairro: “Eu me perdi na rua e acabei fazendo amizade. Eu ia esperar para receber, que é no fim do mês. Ele falou: ‘fica lá em casa por enquanto porque a minha mãe vai se mudar’. Eu vim tem menos de um mês”, relatou a mulher aos policiais.
No entanto, conforme a vítima, o homem mudou de comportamento e passou a agir de maneira agressiva. Segundo ela, as agressões e ameaças eram constantes. “Ele me deu vários murros, socos na barriga, no rosto, pegou no pescoço, chutou, bateu bastante.
Os policiais citam que o homem também teria quebrado o celular dela para que a mulher não entrasse em contato com outras pessoas e, nos últimos três dias, passou a agredi-la violentamente, além de trancá-la no quarto, dizendo que a mataria ou faria algo com a criança.
Enquanto os policiais conversavam com a mulher, o homem chegou no local. Ao ser abordado, ele negou as agressões, afirmando que a mulher havia caído de bicicleta. “Em breve conversa com a criança, ela disse que também foi agredida, apontando a cabeça e o braço direito”, diz um policial.
Os policiais encaminharam o agressor à delegacia, que foi preso em flagrante por cárcere privado, tentativa de feminicídio, violência doméstica e lesão corporal.
Já a mulher e o filho dela foram levados à Unidade de Ponto Atendimento (UPA). Ela foi medicada, e segundo a PM, permanece internada, pois foi constatado fratura na costela, traumatismo craniano e possível hemorragia interna. A criança foi deixada aos cuidados do Conselho Tutelar.
Com informações do Metrópoles