Estudo inédito vai mapear potencial da prática de ciclismo em parques e florestas nacionais de todo Brasil

Uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) vai produzir um estudo inédito sobre o uso de bicicletas em parques e florestas nacionais em todo o Brasil. O objetivo é mapear o cenário atual e identificar o potencial...

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 18:05

Uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) vai produzir um estudo inédito sobre o uso de bicicletas em parques e florestas nacionais em todo o Brasil. O objetivo é mapear o cenário atual e identificar o potencial de ampliação e criação de novos roteiros e trilhas nas diferentes unidades federais de conservação ambiental.  

Publicado na terça-feira (27) no Diário Oficial da União, o acordo de cooperação prevê a definição de novas estratégias de conservação e de educação ambiental a partir da prática do ciclismo. O estudo vai envolver gestores e frequentadores das unidades, ciclistas, pesquisadores e moradores do entorno das UC's. A intenção é reunir subsídios para as políticas nacionais de incentivo ao uso da bicicleta.  

De acordo com o analista ambiental da Coordenação de Planejamento, Estruturação da Visitação e do Ecoturismo do ICMBio, Eduardo Barroso, o levantamento vai permitir uma avaliação do fluxo, volume e impacto positivo do cicloturismo nas unidades de conservação. 'É o primeiro passo para termos uma fotografia do uso desse modal em nossas unidades e, com isso, promovermos uma mudança de cultura no Instituto a respeito do uso da bicicleta em UC', avalia.  

A previsão é que os primeiros resultados do estudo sejam apresentados no início do segundo semestre deste ano.

Para o gestor, o estudo previsto no acordo de cooperação será mais um incentivo para viabilizar a oferta de novas opções de rotas de cicloturismo nas unidades de conservação. 'Nosso objetivo é oferecer ainda mais opções para os trilheiros do DF e do Brasil, pois estamos trabalhando para integrar as trilhas da Floresta Nacional de Brasília e do Parque Nacional de Brasília, formando o ‘Arco Brasília’. Com 85 quilômetros de distância, o caminho possui viés cívico, histórico e cultural, além de proporcionar o acesso aos principais atrativos das duas unidades', antecipa.  

Ações previstas no plano de trabalho: 

-Levvantar e organizar os dados sobre uso de bicicletas nas Unidades de Conservação vinculadas ao ICMBio; 

-Inventariar a infraestrutura disponível para uso público com bicicleta nas Unidades de Conservação; 

-Realizar análise acerca da documentação associada ao uso público em cada uma das UC’s, tais como planos de manejo e PUP (plano de uso público); 

-Levantar e analisar bases de dados secundárias sobre uso de bicicleta nas Unidades de Conservação, tais como mapa de calor de aplicativos (como Strava, Wikiloc e Trailforks), dados de contagens de ciclistas, eventos e competições de ciclismo, entre outras; 

-Realizar estudos apontando casos de sucesso de uso público por ciclistas, associando oferta de infraestrutura, reconhecimento legal (planos de manejo) e externalidades positivas comprovadas; 

-Consolidar um painel de especialistas que deverão acompanhar a execução de todo o estudo conjuntamente com as organizações executoras deste plano de trabalho. 

Com informações do ICMBio