Menina de 3 anos é a terceira pessoa morta por envenenamento no PI

Família passou mal após comer baião de dois e peixe frito preparados em casa.

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 17:55

Baião de dois preparado na casa da família, estava envenenado com uma substância tóxica semelhante ao "chumbinho". 
Baião de dois preparado na casa da família, estava envenenado com uma substância tóxica semelhante ao "chumbinho".  Crédito: Arquivo pessoal/TV Globo

Mais uma criança da família que comeu arroz envenenado no Piauí, morreu nesta segunda-feira, 6. Agora são três vítimas e o caso segue sendo investigado pelo polícia.

Lauane da Silva, de três anos, morreu na madrugada de hoje no Hospital de Urgência de Teresina. Ela estava internada desde a última quarta-feira, 1, após comer o arroz. Outras oito pessoas da família da menina comeram o alimento. O irmão de 2 anos, e o tio de 17, de Lauane, também morreram.

Outras duas pessoas, a mãe de Lauane, Francisca Maria da Silva, de 32 anos; e a irmã dela, uma menina de quatro anos, continuam internadas. Outras quatro pessoas foram hospitalizadas, mas já receberam alta.

Segundo a investigação, o arroz com feijão (baião de dois) preparado na casa da família, estava envenenado com uma substância tóxica semelhante ao "chumbinho". Quando a família começou a passar mal, a suspeita era de que um peixe doado por um casal estaria envenenado, mas a perícia constatou que não havia nenhuma substância no alimento recebido da doação, e o casal não é mais suspeito no caso.

O médico Antônio Nunes, diretor do IML, informou que o veneno foi colocado em grande quantidade no baião de dois. "Estava em todo o arroz, em grânulos visíveis", comentou o médico.

Segundo o delegado, Abimael Silva, o veneno foi colocado no arroz no dia 1° de janeiro, porque a família comeu o mesmo prato, da mesma panela, na noite de Réveillon.

"No dia 31, a família fez o baião de dois e consumiu, mas ninguém passou mal. Só depois do meio dia do dia 1º começaram a sentir os efeitos", comentou o delegado.

A Polícia Civil investiga o caso como homicídio, tenta descobrir como o veneno chegou ao baião de dois. "É impossível ter ido parar lá sem intenção de alguém", disse o delegado.