Saiba como age máfia chinesa que extorque lojistas da 25, em São Paulo

Testemunhas protegidas pela polícia afirmam que comerciantes são obrigados a pagar uma quantia aos criminosos para não serem mortos.

Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 10:04

Foto divulgação
Foto divulgação Crédito: Redes sociais 

A realidade dos lojistas que comercializam capinhas de celular na avenida 25 de março, em São Paulo, está longe de ser um "dorama" feliz. Isso porque, há vários anos, eles vem sendo extorquidos pela máfia chinesa. Identificado como grupo Bitong, o bando é liderado por Liu Bitong, 51 anos, mafioso que já foi preso pela Polícia Federal (PF), na última segunda-feira, 16. A prisão dele ocorreu em Pacaraima, região que faz fronteira com a Venezuela. 

O grupo Bitong, formado por chineses, é na verdade, uma ramificação da máfia chinesa, conhecida também como Tríade Chinesa. O foco da associação criminosa é a venda de capinhas de celular no movimentado centro de São Paulo. 

Dados da investigação da PF mostram que os envolvidos são naturais da província de Fujian, na China, bem como parte de suas vítimas. A maioria se conhece desde a infância. "A máfia chinesa é responsável pela venda de capas de celulares. Diante deste cenário quem também quer vender o produto deve pagar uma quantia para a máfia, caso contrário é morto", afirmou uma testemunha protegida desde 2019.